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VOLUME 10 ● NÚMERO 14
Atualização do estudo APHINITY
A esperada atualização do estudo fase III APHINITY foi apresentada no 42nd Annual San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS), realizado entre os dias 10 e 14 de dezembro de 2019 em San Antonio, Texas. O MOC já preparou este Vídeo com os dados mais importantes para colocar em perspectiva os resultados o estudo.
Para comentar a atualização, convidamos a Dra. Debora Gagliato, oncologista clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, que conduz o vídeo colocando em perspectiva os resultados apresentados em San Antonio. Em seguida, Dr. Antonio Carlos Buzaid, editor do MOC, coloca em perspectiva os resultados do estudo, interpretando os desfechos de sobrevida obtidos com a inclusão de pertuzumabe no tratamento adjuvante de pacientes diagnosticadas com neoplasia de mama HER2 positiva localizada. No encerramento do vídeo, Dr Buzaid descreve o algoritmo do MOC 2020 para o tratamento de câncer de mama HER-2 positivo localizado, tanto na neoadjuvância como na adjuvância.
A atualização apresentada em San Antonio é a segunda análise interina de sobrevida global do APHINITY. Na primeira análise, apresentada na ASCO 2017, foi observada uma redução no risco de morte de 11%. Na atual análise, realizada em junho de 2019 com follow-up de 6 anos, é possível notar que a curva entre os grupos está abrindo em favor do braço experimental, o qual recebeu tratamento adjuvante com poliquimioterapia associada à trastuzumabe e pertuzumabe (redução do risco de morte de 15%). As curvas devem abrir ainda mais e, com base nesse protocolo, a análise final de sobrevida global está estimada para fevereiro de 2023.
Os dados da segunda análise evidenciaram, ainda, que a quimioterapia associada a trastuzumabe e pertuzumabe demonstrou benefício robusto em redução de eventos invasivos (HR 0.76). O benefício foi maior nas pacientes com linfonodo positivo (HR 0,72), com um ganho absoluto de 4,5%. O ganho com o acréscimo de pertuzumabe é observado a despeito da expressão de receptor hormonal, isto é, tanto no receptor hormonal positivo quanto no negativo.
Na análise de subgrupos, observou-se que praticamente todos os subgrupos se beneficiaram do acréscimo de pertuzumabe, inclusive as pacientes com comprometimento linfonodal limitado, ou seja, com 1-3 linfonodos comprometidos, as quais representam a grande maioria dos pacientes da prática clínica. A esse respeito Dra. Debora destaca “é importante ressaltar que até mesmo nas pacientes com comprometimento linfonodal limitado observou-se um ganho importante do acréscimo do pertuzumabe à poliquimioterapia e trastuzumabe.Portanto, de forma clara, não só a paciente com comprometimento linfonodal maciço vai se beneficiar do acréscimo de pertuzumabe. Todas as pacientes que têm linfonodo comprometido serão beneficiadas, incluindo aquelas que têm comprometimento de 1 a 3 linfonodos.”
Confira a apresentação na íntegra e saiba como fica o algoritmo do MOC 2020.
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