Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Vídeo-MOC

VOLUME 09 ● NÚMERO 07

RAMUCIRUMABE NO TRATAMENTO DE CA PULMÃO CÉLULAS NÃO PEQUENAS.

Neste Vídeo-MOC, Dr. William N. William Júnior e Dra. Carolina Kawamura, especialistas em câncer de pulmão, discutem uma nova opção de tratamento de segunda linha para os pacientes com câncer de pulmão células não pequenas que progrediram a esquema de tratamento baseado em platina. O novo tratamento consiste na combinação de quimioterapia e terapia anti-angiogênica, isto é, docetaxel + ramucirumabe.

A apresentação inicia-se com uma breve revisão sobre terapia anti-angiogênica na primeira linha, um tratamento bastante consolidado para o câncer de pulmão células não pequenas. Depois, ocorre uma discussão sobre opções de tratamento de segunda linha para os pacientes que progrediram a tratamento baseado em platina. Na sequência, são apresentados dados do estudo REVEL, que levou à provação de ramucirumabe em combinação com docetaxel na segunda linha. Por fim, é colocado em perspectiva o novo algoritmo de tratamento para o câncer de pulmão utilizando as drogas anti-angiogênicas.

Com relação ao tratamento anti-angiogênico de primeira linha, Dr. William fala sobre a combinação de carboplatina + paclitaxel + bevacizumabe, já aprovada e consolidada em vários países do mundo com base no estudo de fase III E4599, iniciado em 2001 e considerado um marco na oncologia por ter demonstrado pela primeira vez uma sobrevida mediana acima de 12 meses nos pacientes expostos a tratamento baseado em platina na primeira linha. Os benefícios da adição de bevacizumabe ao tratamento de primeira linha foram confirmados pelo importante estudo chinês de fase III BEYOND, que também é colocado em perspectiva neste Vídeo-MOC.

No tratamento de segunda linha, tema em destaque neste Vídeo-MOC, Dr. William lembra que durante muitos anos (de 2004 a 2014), não houve aprovação de novos tratamentos para o câncer de pulmão células não pequenas tanto no cenário americano quanto no europeu. Em 2014, o uso de ramucirumabe em combinação com docetaxel foi aprovado após revelar melhoras em sobrevida tanto para pacientes com doença escamosa como para aqueles com doença não escamosa.

A aprovação baseou-se no estudo REVEL, que randomizou 1253 pacientes de diversos países, sobretudo do ocidente, para receberem docetaxel + placebo versus docetaxel + ramucirumabe. Os pacientes incluídos foram aqueles que apresentaram falha no esquema baseado em platina tanto na doença escamosa como não escamosa. Pacientes que haviam recebido bevacizumabe ou taxano na primeira linha também eram elegíveis. O endpoint primário do estudo foi atingido, demonstrando uma melhora em sobrevida global e também em sobrevida mediana (9,1 meses versus 10,5 meses).

Na análise de subgrupos, a combinação de ramucirumabe + docetaxel mostrou benefícios independentemente da região do mundo, do sexo e de exposição prévia ou não a taxano ou bevacizumabe. Nos desfechos secundários, houve aumento de sobrevida livre de progressão, assim como de taxas de resposta, que subiram de 13,6% para 22,9%. Com relação aos efeitos adversos, conforme esperado, houve aumento de incidência de sangramento e hipertensão entre outros manejáveis, mas que merecem atenção. Outro desfecho importante analisado foi a qualidade de vida, que não mostrou deterioração.

“O tratamento anti-angiogênico pode ser considerado uma opção sólida de tratamento para pacientes que falharam ao esquema baseado em platina”, afirma Dr. William.

Assista ao vídeo e saiba como fica o novo algoritmo de tratamento, que segundo a Dra. Carolina Kawamura, deve ser diferenciado conforme o tipo histológico.

Publicado em 13/08/2018.

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