Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

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Tratamento inovador para o câncer de pulmão com anticorpo biespecífico é aprovado no Brasil

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em 08 de abril de 2024 o tratamento combinado de amivantamabe com quimioterapia (carboplatina e pemetrexede) para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado com mutações de sensibilidade do EGFR (deleção do éxon 19 ou L858R) que apresentaram progressão a osimertinibe.

Esta nova indicação terapêutica é baseada nos dados do estudo MARIPOSA-2, que randomizou 970 pacientes com CPCNP avançado com mutação de sensibilidade EGFR entre três diferentes braços após progressão a osimertinibe: amivantamabe com quimioterapia (carboplatina e pemetrexede), amivantamabe com lazertinibe e quimioterapia ou quimioterapia isolada.

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Os resultados que levaram à aprovação são da comparação entre o primeiro e o último braço. Nesta população, a idade mediana foi 62 anos, cerca de 65% não possuíam histórico de tabagismo, aproximadamente 45% possuíam história de metástases cerebrais, a mutação mais prevalente foi a deleção do éxon 19 (cerca de 70%) e a maioria dos pacientes havia recebido osimertinibe como terapia de primeira linha.

Com um seguimento mediano de 8,7 meses, a combinação de amivantamabe a quimioterapia foi associada a benefício em sobrevida livre de progressão frente a quimioterapia isolada (HR=0,48; IC de 95%: 0,36-0,64; p < 0,001) com medianas de 6,3 versus 4,2 meses. A taxa de resposta também foi superior com o tratamento combinado (64% versus 36%; p < 0,001), assim como a sobrevida livre de progressão intracraniana (HR=0,55; IC de 95%: 0,38-0,79). Na avaliação de segurança, a taxa de eventos adversos de graus ≥ 3 com o tratamento combinado foi de 72%, destacando-se dentre eles: neutropenia, trombocitopenia, anemia e leucopenia. A taxa de reações infusionais neste braço foi de 56%, porém apenas 5% foram de graus ≥ 3.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida

 

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