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Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

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Imunoterapia adjuvante é aprovada para o tratamento do câncer de pulmão nos EUA

Em 15 de outubro de 2021, o FDA (Food and Drug Administration) aprovou o tratamento adjuvante com atezolizumabe para pacientes com diagnóstico de câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) estádios II a IIIA com expressão de PDL-1 ≥ 1% nas células tumorais após ressecção cirúrgica com intuito curativo e quimioterapia adjuvante baseada em platina.

O benefício de atezolizumabe nesta estratégia terapêutica foi demonstrado no estudo IMpower010, que randomizou 1.005 pacientes com CPCNP estádios IB (T ≥ 4 cm) a IIIA submetidos a cirurgia e quimioterapia adjuvante com platina entre atezolizumabe ou melhor cuidado de suporte. O tratamento com atezolizumabe foi administrado na dose de 1.200 mg a cada 3 semanas por 16 ciclos.

A sobrevida livre de doença, objetivo principal do estudo, não atingiu o intervalo mediano no braço atezolizumabe e foi de 35,3 meses no braço que recebeu o melhor cuidado de suporte (HR=0,66; IC de 95%: 0,50-0,88; p=0,004). O benefício foi confirmado na análise pré-especificada da população com expressão de PDL-1 ≥ 50% (HR=0,43; IC de 95%: 0,27-0,68), bem como na análise exploratória da população com expressão de PDL-1 entre 1-49% (HR=0,87; IC de 95%: 0,60-1,26). O perfil de segurança foi compatível com o uso de atezolizumabe em outros cenários. A dose de tratamento recomendada é de 1.200 mg a cada 3 semanas ou 1.680 mg a cada 4 semanas administradas por 1 ano.

Esse é o principal avanço em mais de uma década no tratamento adjuvante para CPCNP sem mutação em driver genes. A magnitude do ganho em sobrevida livre de doença com imunoterapia é comparável ou até superior ao que se consegue com quimioterapia baseada em cisplatina. Mesmo com dados de sobrevida global imaturos ainda, atezolizumabe deve ser fortemente considerado para a maioria dos pacientes com tumor PDL-1 positivo ressecado, após completarem a quimioterapia adjuvante”, destaca o Dr. William William, oncologista e diretor médico da Oncologia Clínica e Hematologia do Centro Oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida

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