Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Cobertura de congressos

[ESMO 2015] Everolimo em tumores neuroendócrinos não funcionais avançados de origem pulmonar ou gastrintestinal: resultados de eficácia e segurança do estudo fase III, duplo-cego, multicêntrico, placebo-controlado RADIANT-4

Apoio:

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Palestrante: J. Yao (EUA)

Abstract: 5LBA

Everolimo, um inibidor de mTOR é aprovado para tumores neuroendócrinos pancreáticos avançados. Porém tumores neuroendócrinos avançados não funcionais de origem pulmonar ou gastrintestinais permanecem uma área não contemplada significativamente. RADIANT-4 avaliou a eficácia e segurança de everolimo nesta população.

Pacientes com tumor neuroendócrino não funcional avançado, progressivo, bem diferenciado, de pulmão ou gastrintestinal foram randomizados (2:1) para everolimo (10mg /dia) ou placebo (PBO). O endpoint primário foi sobrevida livre de progressão (SLP). Os endpoints secundários incluíram a sobrevida global (SG), taxa de resposta objetiva (TRO), taxa de controle da doença (TCD) e segurança.

Os resultados obtidos foram:

  • 302 pacientes foram randomizados para everolimo (n=205) ou placebo (n=97);
  • SLP mediana por revisão central foi de 11 meses (IC de 95%: 9,2-13,3) no braço que recebeu everolimo e 3,9 meses (IC de 95%: 3,6-7,4) no braço que recebeu placebo (HR=0,48; IC de 95%: 0,35-0,67; p<0,001).
  • SLP avaliada pelo investigador foi consistente com a revisão central: 14 meses (IC de 95%: 11,2-17,7) com everolimo versus 5,5 meses (IC de 95%: 3,7-7,4) com placebo (HR=0,39; IC de 95% IC: 0,28-0,54; p<0,001).
  • Por revisão central, a TRO (todas as respostas parciais) foi de 4 pacientes (2%) em everolimo versus 1 paciente (1%) em placebo.
  • Taxa de controle de doença foi maior em everolimo versus placebo (82 versus 65%). Sendo 9% em everolimo versus 27% pacientes do braço placebo, que tiveram a progressão de doença como melhor resultado. A resposta do tumor era desconhecida nos pacientes restantes.
  • Uma análise interina de SG (pré-planejada) mostrou HR=0,64 (IC de 95%; 0,40-1,05; p=0,037) a favor de everolimo.
  • Os eventos adversos (EAs) foram principalmente graus 1/2. A maioria dos EAs comuns incluíam estomatite, diarreia, edema periférico, fadiga e erupção cutânea. Os EAs graus 3/4 mais frequentes (everolimo versus placebo) foram: diarreia (9 versus 2%), estomatite (7% versus 0), dor abdominal (5% em cada), e anemia (5 versus 2%).

O estudo RADIANT-4 demonstrou evidência inequívoca da eficácia do everolimo em pacientes com tumores neuroendócrinos, não funcionais, avançados, progressivos, de pulmão ou gastrintestinal. Resultados por avaliação radiológica central demonstraram uma redução do risco estatisticamente significativa de 52% a favor do everolimo com um prolongamento de 7,1 meses clinicamente significativo da SLP versus placebo. O everolimo foi bem tolerado e os eventos adversos eram consistentes com o perfil de segurança conhecido.

Equipe MOC na ESMO

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