Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Vídeo-MOC

VOLUME 14 ● NÚMERO 09

ESTUDO PROPEL – UM NOVO MARCO NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA METASTÁTICO RESISTENTE À CASTRAÇÃO (CPRCm)

 

As alterações dos genes de reparo do DNA estão presentes em cerca de um quarto dos pacientes com câncer de próstata avançado.1 A avaliação dessas alterações é objeto de muitos estudos clínicos em função de serem, por vezes, associadas a benefício clínico no uso de terapias-alvo, particularmente no emprego dos inibidores da PARP. Nesse sentido, o uso de olaparibe foi avaliado no tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração portadores dessas alterações no estudo de fase III PROfound, demonstrando benefício clinicamente e estatisticamente significativos, o que levou à aprovação regulatória pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desse tratamento para os pacientes portadores de mutações de BRCA1, BRCA2 e ATM, avaliados na coorte A do estudo.2

Avaliando o potencial sinergismo da combinação de um novo agente antiandrogênico com um inibidor da PARP, bem como buscando explorar o uso dessa estratégia combinada em pacientes sem alterações dos genes de reparo do DNA, o estudo de fase III PROpel randomizou 796 pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração para receberem tratamento de primeira linha com olaparibe ou placebo combinados a abiraterona.

Como resultados, o tratamento combinado demonstrou benefício em sobrevida livre de progressão radiográfica, com medianas de 24,8 versus 16,6 meses (HR=0,66; IC de 95%: 0,54-0,81; p<0,0001). Na avaliação de subgrupos, o benefício foi de maior magnitude nos pacientes com alterações dos genes de reparo do DNA (HR=0,50; IC de 95%: 0,34-0,73), principalmente naqueles com mutações nos genes BRCA (HR=0,23; IC de 95%: 0,12-0,43).3 Na avaliação de sobrevida global, ainda com dados imaturos, a análise da população por intenção de tratamento também demonstra superioridade do tratamento combinado, com medianas de 42,1 versus 34,7 meses (HR=0,81; CI de 95%: 0,67-1,00; p=0,0544).4

O Dr. Fabio Schütz, oncologista clínico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, apresenta neste Vídeo-MOC uma ampla revisão do racional e dos resultados do estudo PROpel e, na sequência, participa de uma discussão com os Drs. Fabio Kater, oncologista clínico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e Fernando Cotait Maluf, oncologista clínico e editor do MOC, sobre como incorporar estes resultados em nossa prática clínica. Não perca essa excelente discussão com o nosso time de experts!

Apoio:

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Referências:

  1. De Bono JS, Fizazi K, Saad F, et al. Central, prospective detection of homologous recombination repair gene mutations (HRRm) in tumour tissue from >4000 men with metastatic castration-resistant prostate cancer (mCRPC) screened for the PROfound study. Ann Oncol. 2019;30:v328-v329. doi:10.1093/annonc/mdz248.004
  2. De Bono J, Mateo J, Fizazi K, et al. Olaparib for Metastatic Castration-Resistant Prostate Cancer. N Engl J Med. 2020;382(22):2091-2102. doi:10.1056/NEJMoa1911440
  3. Clarke NW, Armstrong AJ, Thiery-Vuillemin A, et al. Abiraterone and Olaparib for Metastatic Castration-Resistant Prostate Cancer. NEJM Evid. 2022;1(9). doi:10.1056/EVIDoa2200043
  4. Clarke NW, Armstrong AJ, Thiery-Vuillemin A, et al. Final overall survival (OS) in PROpel: Abiraterone (abi) and olaparib (ola) versus abiraterone and placebo (pbo) as first-line (1L) therapy for metastatic castration-resistant prostate cancer (mCRPC). J Clin Oncol. 2023;41(6_suppl):LBA16-LBA16. doi:10.1200/JCO.2023.41.6_suppl.LBA16

 

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