Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Vídeo-MOC

VOLUME 13 ● NÚMERO 28

CÂNCER DE MAMA TRIPLO-NEGATIVO AVANÇADO – IMPACTO DO USO DE SACITUZUMABE GOVITECANA

O câncer de mama triplo-negativo avançado infelizmente ainda é uma doença com prognóstico desfavorável quando comparado aos demais subtipos moleculares,1 além de praticamente não ter apresentado melhoras em seus desfechos na última década.2 Particularmente nos pacientes pré-tratados, os resultados de eficácia de terapias subsequentes são bastante limitados.

A recente aprovação de sacituzumabe govitecana pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) chega, desta maneira, para responder a uma necessidade até então não atendida nesse cenário.

Os dados de eficácia que embasaram a aprovação são do estudo ASCENT, que randomizou 529 pacientes com câncer de mama triplo-negativo avançado previamente expostos a duas ou mais linhas de terapia sistêmica entre o anticorpo conjugado a droga ou quimioterapia a escolha do investigador. É importante destacar que pacientes com progressão de doença em até 12 meses do término da quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante foram incluídos no estudo após exposição a apenas uma linha de tratamento para a doença avançada.

A taxa de resposta a sacituzumabe govitecana foi de 35% versus 5% com quimioterapia (p<0,0001), além do anticorpo conjugado a droga também demonstrar benefício em sobrevida livre de progressão (HR0,41; IC de 95%: 0,32-0,52; p<0,0001) e redução de 52% no risco de morte (HR=0,48; IC de 95%: 0,38-0,59; p<0,0001), com sobrevida global mediana de 12,1 versus 6,7 meses.3 Porém, é preciso ressaltar que a droga possui efeitos adversos que precisam ser manejados de maneira semelhante ao uso de quimioterapia, particularmente nos pacientes que possuem polimorfismo de UGT1A1, uma vez que essa alteração está associada a maior taxa de toxicidades ao tratamento.4

Veja neste Vídeo-MOC uma revisão completa sobre sacituzumabe govitecana no tratamento do câncer de mama triplo-negativo avançado. Saiba também como fica o algoritmo do manejo desta doença sob a apresentação da Dra. Debora de Melo Gagliato, oncologista clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, seguida de uma discussão com a participação dos Drs. Antonio Carlos Buzaid e Carlos H. Barrios, editores do MOC.

Apoio:

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Referências:

  1. Deluche E, Antoine A, Bachelot T, et al. Contemporary outcomes of metastatic breast cancer among 22,000 women from the multicentre ESME cohort 2008-2016. Eur J Cancer. 2020;129:60-70. doi:10.1016/J.EJCA.2020.01.016
  2. Delaloge S, Antoine A, Debled M, et al. 279MO Divergent evolution of overall survival across metastatic breast cancer (MBC) subtypes in the nationwide ESME real life cohort 2008-2016. Annals of Oncology. 2020;31:S352-S353. doi:10.1016/J.ANNONC.2020.08.381
  3. Bardia A, Tolaney SM, Loirat D, et al. LBA17 ASCENT: A randomized phase III study of sacituzumab govitecan (SG) vs treatment of physician’s choice (TPC) in patients (pts) with previously treated metastatic triple-negative breast cancer (mTNBC). Annals of Oncology. 2020;31:S1149-S1150. doi:10.1016/J.ANNONC.2020.08.2245
  4. Rugo HS, Tolaney SM, Loirat D, et al. Abstract PS11-09: Impact of UGT1A1 status on the safety profile of sacituzumab govitecan in the phase 3 ASCENT study in patients with metastatic triple-negative breast cancer. Cancer Research. 2021;81(4_Supplement):PS11-09. doi:10.1158/1538-7445.SABCS20-PS11-09

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