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VOLUME 13 ● NÚMERO 09
PEMBROLIZUMABE NO MANEJO DE CÂNCER DE MAMA TRIPLO-NEGATIVO METASTÁTICO
ESTUDO KEYNOTE 355
O tratamento do câncer de mama triplo negativo com o uso de imunoterapia é objeto de diferentes estudos na atualidade. Dados compilados demonstram que o papel da imunoterapia tende a ser mais relevante no início da jornada terapêutica, devido a imunodepleção induzida pelos regimes quimioterápicos subsequentes na doença avançada, além de também termos dados demonstrando a importância da morte celular imunogênica como um evento relevante no tratamento oncológico deste tumor.
Recentemente, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso de pembrolizumabe em combinação a quimioterapia para o tratamento de primeira linha do câncer de mama triplo negativo avançado. Essa indicação de tratamento foi baseada no estudo de fase III KEYNOTE-355, que demonstrou maior taxa de resposta objetiva na avaliação das pacientes com CPS (Combined Positive Score) ≥ 10 (51,7% versus 40,8%), além também de benefício em sobrevida livre de progressão, com medianas de 9,7 versus 5,6 meses para os braços pembrolizumabe e quimioterapia, respectivamente (HR=0,66; IC de 95%: 0,50-0,88). Ainda mais relevante, a adição de pembrolizumabe ao tratamento também reduziu em 27% o risco de morte em comparação ao uso de quimioterapia isolada (HR=0,73; IC de 95%: 0,55-0,95; p=0,0093) na população PDL-1 CPS ≥ 10.1
A Dra. Debora de Melo Gagliato, oncologista clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, apresenta neste Vídeo-MOC os dados mais relevantes do uso de imunoterapia no tratamento do câncer de mama triplo negativo avançado e coloca em perspectiva os principais resultados do estudo KEYNOTE-355 em uma discussão com o Dr. Antonio C. Buzaid, editor do MOC. Não perca!
- Annals of Oncology (2021) 32 (suppl_5): S1283-S1346.
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Veja também:
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