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VOLUME 09 ● NÚMERO 01
TNM 8ª edição – Câncer de Mama
Principais mudanças e implicações na prática clínica.
Novo TNM para câncer de mama entrou em vigor em 1º de janeiro de 2018, após 8ª edição da American Joint Commitee on Cancer (AJCC), com tabelas mais complexas, eventuais mudanças na indicação de testes genômicos e incorporação de sistema de estadiamento prognóstico que mudará o modelo de assistência às pacientes, permitindo um tratamento mais personalizado.
Assista ao primeiro Vídeo-MOC de 2018, com apresentação do Dr. Wesley Pereira Andrade, Mastologista e Cirurgião Oncologista, e entenda as principais mudanças e implicações na prática clínica.
“O desafio do novo TNM era tentar incorporar os fatores biológicos no estadiamento. A solução foi criar estadiamento prognóstico, além do clássico estadiamento anatômico”, explica Dr. Wesley Andrade, que segue acrescentando: “O estadiamento prognóstico foi subdivido em prognóstico clínico e prognóstico patológico, gerando um processo mais complexo de estadiamento com mais de 1400 combinações possíveis. No entanto, um processo mais acurado que vai permitir conhecer melhor a extensão da doença da paciente e o prognóstico”.
Com o novo TNM de mama, teremos diversas curvas de sobrevida agrupadas de acordo com o imunofenótipo e grau. Alguns exemplos de gráficos de sobrevida são apresentados neste Vídeo-MOC para ilustrar e evidenciar que passaremos a entender a paciente por seu prognóstico patológico, além da extensão anatômica da doença.
“Percebemos claramente que hoje o grupo de melhor prognóstico – tendo como base pacientes que utilizaram quimioterapia, trastuzumabe e hormonioterapia – é o de pacientes triplo-positivos, seguido dos grupos luminal não HER, HER-2 enriquecido e, por último, triplo-negativo. Isso demonstra que os critérios da oncologia moderna é apresentar grau histológico baixo ou biologia tumoral favorável”, explica Dr. Wesley Andrade.
Sobre a utilização do novo estadiamento do TNM no cenário de quimioterapia neodjuvante, é importante entender que estadiamento prognóstico patológico não se aplica. Para essas pacientes, será utilizado apenas estadiamento anatômico e estadiamento prognóstico clínico.
Outras mudanças incorporadas pelo TNM de mama que provocarão impacto na prática clínica são pontuadas neste vídeo e explicadas pelo Dr. Wesley Andrade, como:
- Remoção do carcinoma lobular in situ (CLIS) da categoria pTIS da categorização T
- Definição das regras de arredondamento para tumores entre 1,0 e 1,5 mm
- Definição das regras de determinação do T
- Uso da categoria cNX
- Uso da categoria pNX
Exemplos de como utilizar o novo TNM também são apresentados nesta aula com casos clínicos, demonstrando algumas das diversas combinações possíveis.
As atualizações já estão disponíveis para download gratuito no site da AJCC. Em breve, estarão disponíveis também no NCCN. Alguns aplicativos que permitem facilitar o processo de estadiamento já foram desenvolvidos, dentre eles o app TNM8 Breast Cancer Calculator, desenvolvido pelo mastologista Wesley Andrade da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo.
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Publicado em 09/03/2018.