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VOLUME 14 ● NÚMERO 17
NOVA INDICAÇÃO DE TRASTUZUMABE DERUXTECANA NO BRASIL – UM MARCO NO TRATAMENTO DE SEGUNDA LINHA DO CÂNCER DE ESTÔMAGO HER-2 POSITIVO
A hiperexpressão do HER-2 é um alvo terapêutico em diferentes tumores, sendo objeto de desenvolvimento de drogas-alvo na atualidade. Especificamente no câncer gástrico, a prevalência de hiperexpressão do HER-2 em tumores gástricos diverge entre diferentes publicações da literatura, porém estima-se que seja em torno de 12%.1
Neste contexto, o anticorpo conjugado a droga trastuzumabe deruxtecana, que teve uma ampliação de suas indicações terapêuticas recentemente aprovada no Brasil com base nos estudos DESTINY-Gastric01 e DESTINY-Gastric02 representa um marco nessa doença, oferecendo novas perspectivas para pacientes com adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica (JGE) metastático HER-2 positivo previamente tratados.
No estudo de fase II DESTINY-Gastric01, 187 pacientes previamente tratados com dois ou mais regimes terapêuticos, incluindo fluoropirimidina e trastuzumabe, foram randomizados para receber trastuzumabe deruxtecana ou quimioterapia. Este estudo demonstrou uma taxa de resposta de 48,4% para o trastuzumabe deruxtecana, com uma sobrevida global mediana de 12,5 meses e sobrevida livre de progressão de 5,6 meses.
Já o estudo de braço único DESTINY-Gastric02, que envolveu 79 pacientes com adenocarcinoma gástrico ou da JGE metastático HER-2 positivo que haviam progredido após tratamento prévio contendo trastuzumabe, demonstrou taxa de resposta confirmada de 42%, incluindo 5,1% de respostas completas e duração mediana de resposta de 8,1 meses.2; 3
Neste Vídeo-MOC, o Dr. Antonio Dias Junior, oncologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, apresenta os dados completos de ambos os estudos que levaram à aprovação de trastuzumabe deruxtecana para o tratamento do câncer gástrico HER-2 positivo avançado e participa de uma discussão com o Dr. Fabio Kater, oncologista clínico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, sobre implicações práticas no manejo do tratamento com esta droga.
Apoio:
Bibliografia:
1 MD, B. et al. Prognostic implications of altered human epidermal growth factor receptors (HERs) in gastric carcinomas: HER2 and HER3 are predictors of poor outcome. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology, v. 29, n. 22, 08/01/2011 2011. ISSN 1527-7755. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21709195 >.
2 K, S. et al. Trastuzumab Deruxtecan in Previously Treated HER2-Positive Gastric Cancer. The New England journal of medicine, v. 382, n. 25, 06/18/2020 2020. ISSN 1533-4406. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32469182 >.
3 E, V. C. et al. Trastuzumab deruxtecan in patients in the USA and Europe with HER2-positive advanced gastric or gastroesophageal junction cancer with disease progression on or after a trastuzumab-containing regimen (DESTINY-Gastric02): primary and updated analyses from a single-arm, phase 2 study. The Lancet. Oncology, v. 24, n. 7, 2023 Jul 2023. ISSN 1474-5488. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37329891 >.
Veja também: