Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Vídeo-MOC

VOLUME 14 ● NÚMERO 11

TERAPIA ADJUVANTE EM PACIENTES COM METÁSTASE LINFONODAL DE MELANOMA E BRAF MUTADO

O tratamento adjuvante no cenário do melanoma, seja através do uso de imunoterapia ou terapia-alvo, representou uma quebra de paradigma devido ao questionamento que existia, até então, sobre a capacidade de erradicação de doença microscópica utilizando essas classes de drogas.

Em pacientes com doença estádios IIIA, IIIB ou IIIC (7ª edição do AJCC) com mutação de BRAF V600E/K, o tratamento adjuvante com dabrafenibe e trametinibe ou placebo durante 12 meses foi avaliado no estudo COMBI-AD.

Resultados atualizados do estudo demonstram benefício absoluto em sobrevida livre de recidiva de 16% aos 5 anos em favor do braço que recebeu os inibidores de BRAF e MEK, com redução de 49% no risco de recidiva ou morte (HR=0,51; IC de 95%: 0,42-0,61), com benefício demonstrado de maneira consistente nos diferentes estádios. A sobrevida global aos 3 anos foi de 86% versus 77% em favor do braço experimental (HR=0,57; IC de 95%: 0,42-0,79), porém ainda sem atingir o nível de significância estatística pré-estabelecido.

Uma subanálise conduzida nos dados de sobrevida livre de metástases à distância mostrou importante benefício em favor do tratamento com dabrafenibe e trametinibe na redução do risco de desenvolvimento de metástases à distância como primeiro evento de recidiva (HR=0,55; IC de 95%: 0,44-0,70), sendo, neste caso, o benefício de maior magnitude nos pacientes com estádio mais avançado.

Na avaliação de segurança, eventos adversos de graus ≥ 3 ocorreram em 41% dos pacientes tratados com dabrafenibe e trametinibe no estudo COMBI-AD, destacando-se: febre, fadiga, náuseas e calafrios.1,2

Abordando esse tópico, o estudo COMBI-APlus demonstrou que o manejo da febre apresentada como evento adverso através da suspensão de ambas as drogas e reintrodução do tratamento em mesmas doses após 24 horas da resolução do quadro é associado a uma menor taxa de eventos (incluindo graus ≥ 3), além de menores taxas de hospitalização e descontinuação do tratamento pelo evento adverso.3

Confira esses e mais dados sobre o tratamento adjuvante do melanoma neste Vídeo-MOC, apresentado pelo Dr. Milton Barros, oncologista clínico do AC Camargo Cancer Center, seguido de uma discussão moderada pelo Dr. Antonio Carlos Buzaid, editor do MOC, sobre como esses dados devem ser incorporados na prática clínica.

Apoio:

Novartis2021cmyk

One registry – DE014134 | BR-25148

 

Referências:

  1. Dummer R, Hauschild A, Santinami M, et al. Five-Year Analysis of Adjuvant Dabrafenib plus Trametinib in Stage III Melanoma. New England Journal of Medicine. 2020;383(12):1139-1148. doi:10.1056/NEJMOA2005493/SUPPL_FILE/NEJMOA2005493_DATA-SHARING.PDF
  2. Schadendorf D, Hauschild A, Mandalà M, et al. Adjuvant dabrafenib plus trametinib (D + T) versus placebo in patients with resected stage III BRAFV600-mutant melanoma: Updated 5-year distant metastases-free survival (DMFS) analysis of COMBI-AD. https://doi.org/101200/JCO20224016_suppl9563. 2022;40(16_suppl):9563-9563. doi:10.1200/JCO.2022.40.16_SUPPL.9563
  3. Atkinson V, Robert C, Grob JJ, et al. Improved pyrexia-related outcomes associated with an adapted pyrexia adverse event management algorithm in patients treated with adjuvant dabrafenib plus trametinib: Primary results of COMBI-APlus. Eur J Cancer. 2022;163:79-87. doi:10.1016/J.EJCA.2021.12.015

 

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