Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Vídeo-MOC

VOLUME 13 ● NÚMERO 27

ICDK4/6 NO CÂNCER DE MAMA INICIAL (FOCO EM ABEMACICLIBE)

Os inibidores de ciclinas provocaram uma profunda modificação no manejo do câncer de mama luminal. O benefício inequívoco na adição de um inibidor de ciclinas à terapia endócrina no tratamento de primeira linha da doença avançada tornou este o tratamento-padrão na atualidade.1,2

Recentemente, tivemos também a demonstração do benefício no uso de um inibidor de ciclinas em particular, abemaciclibe, no tratamento adjuvante do câncer de mama luminal operado com risco alto de recorrência, o que levou à aprovação regulatória da medicação neste contexto.

A avaliação de abemaciclibe no cenário adjuvante foi conduzida no estudo monarchE, que randomizou 5.637 pacientes entre hormonioterapia isolada ou associada a abemaciclibe por 2 anos no câncer de mama luminal HER-2 negativo após tratamento cirúrgico associado ou não a quimioterapia (neo ou adjuvante, conforme indicação clínica). Foram considerados tumores de risco alto para inclusão no estudo aqueles com 1 a 3 linfonodos comprometidos apresentando tamanho ≥ 5 cm ou grau histológico 3 ou Ki-67 ≥ 20%, bem como aqueles com ≥ 4 linfonodos comprometidos, independente de outras características patológicas.

Resultados atualizados do estudo, com um seguimento mediano de 27,1 meses, demonstram que a adição de abemaciclibe por 2 anos ao tratamento hormonal adjuvante foi associada a benefício estatisticamente significativo na sobrevida livre de doença invasiva (HR=0,70; IC de 95%: 0,59-0,82; p<0,0001), com taxas de 88,8% versus 83,4% aos 3 anos nos braços abemaciclibe e terapia hormonal isolada, respectivamente. A sobrevida livre de recidiva à distância também favoreceu o uso do inibidor de ciclinas (HR=0,69; IC de 95%: 0,57-0,83; p<0,0001). Na análise da população com Ki-67 ≥ 20%, sabidamente portadora de um pior prognóstico, a magnitude do benefício da adição de abemaciclibe ao tratamento hormonal adjuvante foi ainda maior na avaliação da sobrevida livre de doença invasiva (HR=0,63; IC de 95%: 0,49-0,80; p=0,0002).3

Neste Vídeo-MOC, moderado pela Dra. Debora de Melo Gagliato, oncologista clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, o Dr. Antonio C. Buzaid, diretor médico geral do Centro de Oncologia da BP e editor do MOC, nos apresenta os dados do uso de inibidores de ciclinas no tratamento adjuvante do câncer de mama. Na sequência, o Dr. André Mattar, mastologista e diretor do núcleo de oncologia clínica do Hospital Perola Byington, aborda qual o impacto do planejamento cirúrgico na seleção de pacientes elegíveis para tratamento adjuvante com abemaciclibe.

Apoio:

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Referências:

  1. Burstein HJ, Somerfield MR, Barton DL, et al. Endocrine Treatment and Targeted Therapy for Hormone Receptor-Positive, Human Epidermal Growth Factor Receptor 2-Negative Metastatic Breast Cancer: ASCO Guideline Update. Journal of Clinical Oncology. 2021;39(35):3959-3977. doi:10.1200/JCO.21.01392
  2. Gennari A, André F, Barrios CH, et al. ESMO Clinical Practice Guideline for the diagnosis, staging and treatment of patients with metastatic breast cancer ☆. Annals of Oncology. 2021;32(12):1475-1495. doi:10.1016/j.annonc.2021.09.019
  3. Harbeck N, Rastogi P, Martin M, et al. Adjuvant abemaciclib combined with endocrine therapy for high-risk early breast cancer: updated efficacy and Ki-67 analysis from the monarchE study. Ann Oncol. 2021;32(12):1571-1581. doi:10.1016/J.ANNONC.2021.09.015

 

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