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VOLUME 12 ● NÚMERO 05
ESTUDO JAVELIN BLADDER 100 – DADOS ATUAIS E NOVOS INSIGHTS
O carcinoma urotelial figura dentre as dez neoplasias de maior incidência mundial. O cenário de tratamento deste tumor quando se apresenta com doença avançada vem sendo modificado nos últimos anos, com a incorporação de novas drogas, além do desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Ainda hoje, o uso de quimioterapia baseada em agentes platinantes segue como a terapia de primeira linha padrão para a quase totalidade dos pacientes, entretanto, até recentemente, grande parte dos pacientes não tinham condições clínicas de receber tratamento adicionais posteriormente, devido ao rápido desenvolvimento de resistência à quimioterapia apresentado nesta doença.
Dessa maneira, o uso de avelumabe, um anticorpo monoclonal inibidor de PDL-1, como terapia de manutenção em pacientes que apresentaram controle de doença após 4 a 6 ciclos de quimioterapia baseada em platina figura atualmente como o tratamento padrão de primeira linha, baseado no benefício estatística e clinicamente significativo em sobrevida global demonstrado no estudo JAVELIN Bladder 100, com uma redução de 31% no risco de morte quando essa estratégia é empregada em comparação a melhor suporte clínico (HR=0,69; IC de 95%: 0,56-0,86; p<0,001). Esse benefício é ainda maior quando analisamos a população com alta expressão de PDL-1 (HR=0,56; IC de 95%: 0,40-0,79; p<0,001).1
Confira nesse Vídeo-MOC apresentado pelo Dr. Fernando Maluf, editor do MOC, uma análise detalhada do estudo que levou a aprovação de avelumabe como terapia de manutenção, além de uma discussão enriquecedora sobre o algoritmo atual do tratamento do carcinoma urotelial avançado sob a moderação do Dr. Buzaid, editor do MOC.
- N Engl J Med. 2020 Sep 24;383(13):1218-1230.
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