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VOLUME 11 ● NÚMERO 06
USO DE LIPEGFILGRASTIM PARA PROFILAXIA DE NEUTROPENIA FEBRIL EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA
O uso de regimes quimioterápicos de dose densa para o tratamento do câncer de mama foi recentemente avaliado em uma metanálise publicada no Lancet com dados individuais de 37.298 pacientes incluídas em 26 estudos clínicos. Como resultados, o uso de regimes de dose densa (administrados a cada 2 semanas) foi associado a uma redução relativa de 17% no risco de recorrência de doença (HR=0,83; IC de 95%: 0,76-0,91; 2p < 0,0001) e uma redução absoluta de 2,8% no risco de morte por câncer de mama aos 10 anos (IC de 95%: 0,8-4,8) quando comparados aos regimes convencionais (a cada 3 semanas).
Entretanto, os regimes de dose densa são classificados como esquemas de tratamento com risco alto (> 20%) de desenvolvimento de neutropenia febril, motivo pelo qual a profilaxia primária com fatores estimuladores de colônias de granulócitos (G-CSF) se faz necessária quando de sua utilização.
O lipegfilgastrim é um G-CSF de administração subcutânea com duração prolongada, que pode ser aplicado uma vez a cada ciclo de quimioterapia pelo paciente em sua própria residência, evitando a exposição aos ambientes hospitalares. A molécula de lipegfilgrastim resulta da adição de um polietilenoglicol ao filgrastim, causando uma glicopeguilação da molécula, o que acaba por reduzir o clearance plasmático da droga e prolongar o seu tempo de ação.
Confira nesse Vídeo-MOC uma revisão dos principais estudos que avaliaram a eficácia e segurança de lipegfilgrastim apresentada pela Dra. Graziela Zibetti Dal Molin, oncologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
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