Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Vídeo-MOC

VOLUME 10 ● NÚMERO 13

ATEZOLIZUMABE PARA O CÂNCER DE PULMÃO

A imunoterapia vem modificando a história natural de diversos tumores sólidos, incluindo o câncer de pulmão, que há alguns anos tem como padrão-ouro tratamentos baseados em imunoterapia para (quase) todos pacientes com doença em estádio avançado.

Nesse contexto, o anticorpo monoclonal atezolizumabe vem recebendo aprovações tanto em âmbito internacional quanto nacional. A indicação mais recente ocorreu no dia 25 de novembro de 2019 pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com base nos resultados do estudo IMpower130.

Para comentar sobre o importante papel de atezolizumabe no tratamento do câncer de pulmão, convidamos a Dra. Carolina Kawamura Haddad, autora dos capítulos de Pulmão do MOC, e o Dr. William Nassib William Jr., editor do MOC.

A apresentação é iniciada com um panorama do tratamento atual de primeira linha do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP), destacando a importância e obrigatoriedade de realizar uma avaliação molecular para identificação de mutações e alterações genômicas que podem ser tratadas com terapia-alvo, embora a maior parte dos pacientes ainda seja candidata a um tratamento com imunoterapia associada ou não a quimioterapia. Depois, a Dra. Carolina tece comentários sobre a importância e benefícios da imunoterapia também no tratamento do câncer de pulmão de células pequenas (CPCP) e segue colocando em perspectiva os dados de três importantes estudos que avaliaram a eficácia do atezolizumabe no cenário do câncer de pulmão, os estudos IMpower150 e IMpower130 no CPCNP e o estudo IMpower133 no CPCP.

O primeiro estudo comentado (IMpower150) levou à aprovação do uso combinado de carboplatina e paclitaxel associado aos anticorpos monoclonais atezolizumabe e bevacizumabe para o tratamento de primeira linha do CPCNP histologia não escamosa pelo FDA (Food and Drug Administration), depois pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com a diferença que no Brasil a indicação contempla também pacientes com mutação sensibilizadora nos genes EGFR e ALK já expostos previamente à terapia-alvo.

O estudo IMpower130, por sua vez, levou à aprovação em solo nacional de atezolizumabe em combinação com carboplatina e nab-paclitaxel na primeira linha de tratamento dos pacientes adultos com CPCNP metastático, histologia não escamosa. O estudo trouxe dados estatisticamente significativos de sobrevida livre de progressão (7,0 meses) e sobrevida global (18,6 meses), favorecendo o braço experimental, que recebeu imunoterapia combinada com quimioterapia, no entanto sem ganho na população EGFR/ALK positivo.

No câncer de pulmão de células pequenas, o estudo IMpower133, também avaliou a eficácia da quimio-imunoterapia comparada à quimioterapia isolada e demonstrou mais uma vez que a adição de atezolizumabe à quimioterapia leva ao aumento de sobrevida global (mediana de 12,3 versus 10,3 meses) e sobrevida livre de progressão (mediana de 5,2 versus 4,3 meses). Com base nesses resultados, a aprovação da combinação de carboplatina + etoposídeo + atezolizumabe seguida de atezolizumabe foi realizada pela ANVISA e segue atualmente como único esquema de quimio-imunoterapia aprovado no Brasil para o CPCP.

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