Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Vídeo-MOC

VOLUME 10 ● NÚMERO 10

Uso de abemaciclibe no tratamento de neoplasia de mama metastática aumenta significativamente a sobrevida global

Conforme esperado, os dados de sobrevida global de abemaciclibe no cenário da terapia com iCDK 4/6 no tratamento de câncer de mama metastático foram apresentados na última edição da European Society for Medical Oncology (ESMO 2019), realizada entre os dias 27 de setembro e 1º de outubro em Barcelona, Espanha. Para comentar os resultados apresentados no congresso, o MOC preparou este especial Vídeo-MOC, com apresentação da Dra. Debora Gagliato, oncologista clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e moderação do Dr. Antonio Carlos Buzaid, editor do MOC.

Como introdução, o vídeo coloca em pauta o mecanismo de ação e os benefícios dos inibidores de ciclina 4 e 6 (CDK4/6), uma classe de medicação que vem apresentando impactos significativos no tratamento do câncer de mama.  Na sequência, Dra. Debora Gagliato tece comentários sobre a droga que é foco dessa apresentação, o inibidor de CDK4/6 abemaciclibe, já aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde o início de 2019 em três cenários de tratamentos distintos no Brasil: no tratamento do câncer de mama metastático (CMM) Receptor Hormonal (RH) positivo e HER-2 negativo como monoterapia em pacientes previamente tratadas com pelo menos dois regimes de quimioterapia (MONARCH 1), em associação com fulvestranto nas pacientes que progrediram com tratamento endócrino prévio (MONARCH 2) e em associação com inibidor da aromatase não esteroidal (IANE) em pacientes sem tratamento prévio (MONARCH 3).

Na atualização apresentada na ESMO 2019, o que se observou foram dados mais robustos de sobrevida global no estudo MONARCH 2, que analisou o uso abemaciclibe em combinação com fulvestranto versus placebo + fulvestranto em pacientes na pré e pós-menopausa que haviam progredido a terapia endócrina inicial no cenário metastático. Os resultados da análise demonstraram que o uso de abemaciclibe + fulvestranto foi associado a um ganho importante em sobrevida global de quase 10 meses quando comparado com placebo + fulvestranto, atingindo cerca de 4 anos de sobrevida mediana, com uma redução do risco de morte da ordem de 25%. Em análise exploratória, o estudo mostrou também que o tratamento com abemaciclibe + fulvestranto atrasou o uso de quimioterapia para 50,2 meses versus 22,1 meses no braço de placebo.

“Agora, existe impacto não só em tempo livre de progressão. O impacto é de tal magnitude que se traduz em aumento de sobrevida global. Não tem mais como escapar dessa classe de medicamentos”, afirma Dr. Buzaid referindo-se aos inibidores de CDK4/6.  “No MOC, deixamos clara a preferência e até obrigatoriedade de usar essas drogas já em primeira linha, o mais precocemente possível, dado o ganho de sobrevida global inequívoco”, completa Dra. Debora Gagliato.

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