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VOLUME 10 ● NÚMERO 03
LIPEGFILGRASTIM | Uso prático e impacto no tratamento de pacientes
oncológicos em uso de quimioterapia citotóxica
Nesta edição do Vídeo-MOC, o assunto em pauta é o uso lipegfilgrastim, um importante G-CSF recombinante de longa ação aprovado pelo EMA em 2013 e pela ANVISA em 2015.
Para falar sobre essa droga importante e inovadora, embora semelhante em termos de eficácia ao pegfilgrastim, convidamos a Dra. Debora Gagliato, oncologista clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, que, ao lado do Dr. Antonio Carlos Buzaid, discorrerá sobre os aspectos de desenvolvimento de lipegfilgrastim até os estudos de fases subsequentes, mostrando a atividade da droga.
Na sequência, ocorre uma detalhada revisão sobre o programa de desenvolvimento clínico de lipegfilgrastim, passando por estudos de fase I, II e III. Nos estudos de farmacologia de fase I (XM22-01-CH e XM22-05-CH), os resultados demonstraram maior efeito farmacodinâmico de lipegfilgrastim em comparação com a dose equivalente de pegfilgrastim, com aumento da contagem de neutrófilos (da ordem de 30% maior) e também da contagem dos níveis de CD34 (da ordem de 9% maior). Quando avaliado em estudo fase II (XM22-02), lipegfilgrastim foi similar a pegfilgrastim, com incidência de neutropenia febril no ciclo 1 de 6 versus 5,6% respectivamente na dosagem de 6 mg (dose fixa mais eficaz no estudo). No tocante a segurança, também não houve diferenças clinicamente significativas em toxicidade entre os dois grupos. Na análise de estudo fase III (XM22-03), lipegfilgrastim 6 mg em comparação com pegfilgrastim 6 mg em pacientes com câncer de mama foi não inferior em duração média da neutropenia grave no ciclo 1. O estudo revelou também que o uso de lipegfilgrastim acarretou em redução significativa no tempo de recuperação da contagem absoluta dos neutrófilos.
“Temos mais uma opção, numa versão de longa ação, que permite injeção única produzida por um laboratório sério”, afirma Dr. Buzaid ao referir-se à molécula de lipegfilgrastim, que possui estrutura química e propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas distintas de pegfilgrastim, no entanto, com atividade clínica equivalente e toxicidades semelhantes.
Confira mais um Vídeo-MOC.
Publicado em 08/04/2019.
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