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VOLUME 09 ● NÚMERO 12
IMUNOTERAPIA PARA O TRATAMENTO DO CARCINOMA DE CÉLULAS DE MERKEL METASTÁTICO (CCMM)
Nesta edição do Vídeo-MOC, o assunto em pauta é uma doença rara, o carcinoma de Merkel metastático, que recebeu em junho de 2018 no Brasil a aprovação de uma medicação que pode resultar até em cura da doença em determinados pacientes, o anticorpo anti-PDL-1 avelumabe.
Com apresentação do Dr. Rafael Schmerling, membro titular do centro de oncologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, moderação do Dr. Antonio Carlos Buzaid e discussão do Dr. Carlos Eduardo Bacchi, diretor e patologista chefe do Laboratório Bacchi, o vídeo aborda aspectos clínicos e patológicos da doença e coloca em perspectiva os dados do estudo JAVELIN Merkel 200, que avaliou pacientes tratados com o anticorpo monoclonal anti-PDL1 avelumabe.
A apresentação é iniciada com uma ampla discussão sobre o diagnóstico da doença, com foco nos aspectos patológicos e na importância de fazer um painel imunohistoquímico detalhado. A esse respeito, o patologista Carlos Bacchi explica de forma bastante elucidativa as características que devem ser investigadas tendo em vista a dificuldade de chegar ao diagnóstico do carcinoma de Merkel devido a sua semelhança com outras doenças, como, linfoma, carcinoma basocelular entre outras.
Na sequência, Dr. Rafael Schmerling fala sobre os tratamentos convencionalmente utilizados na primeira linha até pouco tempo, ciclofosfamida + doxorrubicina (Epi) + vincristina ou etoposídeo + cisplatina (carbo) e chama a atenção para a eficiência desses tratamentos quimioterápicos em taxa de resposta, no entanto com baixa duração de resposta.
A apresentação segue com os dados do estudo de fase II, braço único, JAVELIN Merkel 200, que avaliou pacientes submetidos ao tratamento imunoterápico com avelumabe após progressão a um esquema de quimioterapia (parte A) ou pacientes sem tratamento prévio (parte B). Com resultados favoráveis em sobrevida global e duração de resposta expressivamente superiores aos dados históricos, o estudo JAVELIN Merkel 200 coloca o uso de avelumabe como primeira opção de tratamento para pacientes com carcinoma de Merkel avançado. “Mais uma vez a imunoterapia mostra que tem a capacidade de interferir na memória imunológica e controlar a doença de forma perene”, revela Dr. Rafael Schmerling.
Assista a mais um Vídeo-MOC.
Veja também:
- Notícia sobre aprovação de avelumabe no Brasil
- MOC-Dicas – Diagnóstico do carcinoma de Merkel metastático
Publicado em 25/10/2018.
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