Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Notícias

Terapia alvo para tratamento de câncer de tireoide aprovada nos Estados Unidos

Conforme nota divulgada em 07 de maio de 2018, o tratamento com a combinação do inibidor de BRAF dabrafenibe e o inibidor de MEK trametinibe foi aprovado pela agência regulatória norte-americana (FDA) para o tratamento de pacientes com carcinoma anaplásico de tireoide metastático ou irressecável e portadores da mutação do BRAF.

Dada a raridade deste tumor, esta aprovação baseia-se em um estudo clínico não randomizado de fase II que avaliou a resposta ao tratamento com dabrafenibe + trametinibe em tumores raros de diferentes sítios primários, todos portadores de mutação do gene BRAF do tipo V600E. Dentre os 23 pacientes portadores de carcinoma anaplásico de tireoide, a taxa de resposta global foi de 61% (IC de 95%: 39-80), atingindo 4% de respostas completas. Em relação à duração de resposta, 64% dos pacientes que apresentaram algum grau de resposta mantiveram este benefício por período ≥ 6 meses. Os eventos adversos não diferem do tratamento com as mesmas drogas em outras indicações.

Os dados iniciais deste estudo foram publicados no Journal of Clinical Oncology em janeiro de 2018 e atualizados posteriormente com a inclusão de novos pacientes.

Segundo o Dr. William William, oncologista e diretor médico da Oncologia Clínica e Hematologia do Centro Oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, “a frequência do carcinoma anaplásico entre os tumores da tireoide gira em torno de 1-2%, entretanto é caracterizado como uma doença extremamente agressiva, com cerca de 75% dos pacientes apresentando metástases ao diagnóstico, e com taxa de sobrevida em um ano inferior a 30%. Estes dados reforçam ainda mais a importância desta aprovação em um cenário de doença que carece de tratamentos efetivos e estudos com maior número de pacientes frente à sua baixíssima incidência na população mundial”.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida.

Continue sua leitura

Mais informações e estudos no MOC Tumores Sólidos

Acessar MOC