Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

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Cabozantinibe é aprovado para o tratamento do câncer de tireoide avançado nos EUA

O FDA (Food and Drug Administration) aprovou em 17 de setembro de 2021 o inibidor de multiquinases cabozantinibe para o tratamento de pacientes portadores de carcinoma bem diferenciado de tireoide localmente avançado ou metastático iodo-refratário ou não candidato a esta modalidade terapêutica após progressão a um inibidor do VEGFR.

O tratamento com cabozantinibe neste cenário foi avaliado no estudo de fase III COSMIC-311 que randomizou 258 pacientes a uma razão 2:1 entre cabozantinibe ou placebo, cujos dados atualizados foram apresentados na ESMO 2021. Dentre a população incluída no estudo, pouco mais da metade dos pacientes possuía histologia papilífera, cerca de 70% dos pacientes possuíam metástases pulmonares e aproximadamente um quarto dos pacientes havia recebido tratamento prévio com 2 inibidores de tirosina quinase do VEGFR (sorafenibe e lenvatinibe).

Com um tempo mediano de seguimento de 10,1 meses, o tratamento com cabozantinibe reduziu em 78% o risco de progressão de doença ou morte em comparação ao placebo (HR=0,22; IC de 95%: 0,15-0,32; p<0,0001), com medianas de 11,0 versus 1,9 meses. Em uma análise de subgrupos pré-especificada, o benefício em sobrevida livre de progressão foi consistente independente da exposição prévia a sorafenibe (HR=0,13), lenvatinibe (HR=0,28) ou a ambos (HR=0,27). A taxa de resposta a cabozantinibe foi 11%. As toxicidades mais frequentes ao tratamento com cabozantinibe foram diarreia, síndrome mão-pé, fadiga, hipertensão arterial e estomatite.

Dr. William William, oncologista e diretor médico da Oncologia Clínica e Hematologia do Centro Oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, destaca que “esta é uma nova e importante opção de tratamento para uma situação clínica sem muitas outras drogas disponíveis”.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida

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