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Pomalidomida aprovada para o tratamento do sarcoma de Kaposi pelo FDA
No dia 15 de maio de 2020, o FDA (Food and Drug Administration) concedeu aprovação acelerada para o uso de pomalidomida no tratamento de pacientes com sarcoma de Kaposi relacionado a AIDS resistente a terapia antirretroviral, assim como para pacientes com sarcoma de Kaposi não portadores de HIV, baseado nos dados de eficácia do estudo clínico 12-C-0047.
Nesse estudo, 28 pacientes, 18 deles portadores e 10 não portadores de HIV, foram tratados com pomalidomida 5 mg ao dia por 21 dias em ciclos de 4 semanas até progressão de doença ou toxicidade limitante. O principal desfecho de eficácia analisado foi a taxa de resposta, utilizando o critério de resposta em sarcoma de Kaposi do Comitê de Oncologia do Grupo de Estudos Clínicos em AIDS (ACTG). Dentre os pacientes portadores de HIV com doença resistente a terapia antirretroviral, a taxa de resposta foi 67%, com duração mediana do benefício de 12,5 meses. Já naqueles não portadores de HIV, a taxa de reposta foi 80%, com duração mediana de 10,5 meses. Destaca-se que a duração de resposta foi superior a 24 meses em 17% e 25% dos pacientes portadores e não portadores de HIV, respectivamente. Associado ao tratamento antineoplásico, era mandatória a continuação da terapia antirretroviral pelos pacientes portadores de HIV, e ambas as populações receberam profilaxia primária antitrombótica com ácido acetilsalicílico 81 mg diariamente. Na análise de segurança, a taxa de eventos adversos sérios com o uso de pomalidomida foi 18%, destacando-se neutropenia, elevação de creatinina, leucopenia, rash maculopapular e constipação como os eventos adversos mais frequentes em qualquer grau.
Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida