Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Pulmão

CÂNCER DE PULMÃO – Manutenção em câncer de pulmão 1

O estudo ATLAS, publicado no Journal of Clinical Oncology de outubro desse ano, analisou o papel da adição do erlotinibe ao bevacizumabe no tratamento de manutenção após quimioterapia (QT) de primeira linha que continha bevacizumabe para câncer de pulmão de células não pequenas.

Um total de 1.145 pacientes com estádio IIIB associado a derrame pleural ou estádio IV ou recorrência receberam QT associada à bevacizumabe por 4 ciclos. Desses pacientes, 743 sem progressão de doença foram randomizados para bevacizumabe (15 mg/kg a cada 21 dias) associado a placebo ou erlotinibe (150 mg por dia).

Os resultados demonstraram que a adição de erlotinibe ao bevacizumabe aumentou a sobrevida livre de progressão (endpoint primário) com HR=0,71; p<0,001, 3,7 meses para bevacizumabe/placebo e 4,8 meses para bevacizumabe/erlotinibe, mas não aumentou a sobrevida global. Com um ganho muito pequeno no braço de manutenção com duas drogas, possivelmente não haverá mudança no tratamento padrão pós-quimioterapia.

Referência:
Johnson BE, Kabbinavar F, Fehrenbacher L, et al. ATLAS: Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled, Phase IIIB Trial Comparing Bevacizumab Therapy With or Without Erlotinib, After Completion of Chemotherapy, With Bevacizumab for First-Line Treatment of Advanced Non-Small-Cell Lung Cancer. J Clin Oncol 2013, Epub ahead of print .

Matheus Alessandretti
(Médico Residente de Oncologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo)

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