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Nova aprovação para tratamento no câncer de pulmão avançado
No dia 26 de março de 2018, foi divulgado pelo Diário Oficial da União (DOU) a aprovação do uso do inibidor de tirosina quinase crizotinibe para o tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas avançado com rearranjo do gene ROS1.
A aprovação baseia-se no estudo de fase I publicado pelo New England Journal of Medicine em 2014, que avaliou o uso de crizotinibe em 50 pacientes com rearranjo do gene ROS1. A taxa de resposta atingida com o tratamento foi de 72% (com 33 respostas parciais e 3 respostas completas). A duração mediana de resposta foi de 17,6 meses.
Em relação aos efeitos adversos, o estudo demonstrou resultados semelhantes aos de estudos que contemplaram o tratamento com crizotinibe nos pacientes com translocação do ALK, sendo que as principais toxicidades apresentadas foram alterações visuais, náusea, diarreia, vômito, edema e constipação. No Brasil, o crizotinibe já é aprovado para o tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas com translocação do ALK desde 2016. Já no cenário americano, o uso de crizotinibe para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão ROS1 positivos já é aprovado também desde 2016.
Estima-se que esta alteração genética esteja presente em cerca de 1-2% dos pacientes com câncer de pulmão, o que representa algo em torno de 300 a 700 novos pacientes no Brasil a cada ano, segundo dados de incidência do INCA.
De acordo com a farmacêutica Pfizer, o teste para pesquisa da mutação de ROS1 pela plataforma diagnóstica da empresa deve ser disponibilizado em breve.
Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida.
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