Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

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Regime combinado de amivantamabe e quimioterapia é aprovado pela ANVISA

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, em 11 de março de 2024, o regime combinado de amivantamabe com quimioterapia (carboplatina e pemetrexede) para o tratamento de primeira linha do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) localmente avançado ou metastático com mutação de EGFR do tipo inserção no éxon 20.

O estudo PAPILLON analisou a eficácia e segurança do tratamento inicial em 308 pacientes com CPCNP avançado com inserção no éxon 20 do EGFR, randomizados igualmente (1:1) entre o regime de amivantamabe, carboplatina e pemetrexede ou o tratamento padrão com carboplatina e pemetrexede. Os participantes tinham uma idade mediana de 62 anos, sendo que 40% tinham 65 anos ou mais, 58% nunca fumaram, 23% tinham histórico de metástases cerebrais e 84% foram diagnosticados com doença metastática.

A adição de amivantamabe ao regime de quimioterapia resultou em benefício significativo na sobrevida livre de progressão comparada ao regime de carboplatina e pemetrexede sozinhos (HR=0,40; IC de 95%: 0,30-0,53; p < 0,0001), com medianas de 11,4 versus 6,7 meses. Além disso, observou-se um aumento na taxa de resposta ao tratamento (67% versus 36%) e na duração mediana dessa resposta (10,1 versus 5,6 meses). Ainda não foram atingidos dados conclusivos sobre a sobrevida global, visto que apenas 44% dos óbitos necessários para a análise definitiva ocorreram. Quanto à segurança, os eventos adversos mais comuns (≥ 20%) observados com o tratamento combinado incluíram: rash, toxicidade ungueal, estomatite, reação infusional, fadiga, edema, constipação, diminuição do apetite, náusea, infecção por COVID-19, diarreia e vômito.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida

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