Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Carcinomas Uterinos

Pembrolizumabe em monoterapia é aprovado para o câncer de endométrio nos Estados Unidos

O agente anti-PD-1 pembrolizumabe foi aprovado em 21 de março de 2022 pelo FDA (Food and Drug Administration) para o tratamento de pacientes com câncer de endométrio avançado com instabilidade de microssatélites (MSI-H) ou deficiência de mismatch repair (dMMR) após progressão a uma terapia sistêmica prévia.

A eficácia e segurança de pembrolizumabe neste cenário foi avaliado no estudo KEYNOTE-158, que incluiu 90 pacientes com câncer de endométrio avançado irressecável ou metastático com MSI-H ou dMMR, avaliados através de PCR e imunohistoquímica, respectivamente. Dentre a população estudada, 96% das pacientes apresentavam doença metastática e 48% delas havia recebido ≥ 2 linhas de tratamento sistêmico.

A taxa de resposta ao tratamento com o imunoterápico foi de 46%, com duração ≥ 12 e ≥ 24 meses em 68% e 44% daqueles que obtiveram o benefício, respectivamente. Destaca-se que houve 12% de respostas completas. As toxicidades mais frequentes foram fadiga, dor musculo esquelética, rash cutâneo, febre e tosse.

A Dra. Juliana Martins Pimenta, oncologista da BP, A Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta: “trata-se de mais uma aprovação que ressalta a importância do uso de imunoterápicos no tratamento do câncer de endométrio metastático. Pembrolizumabe já havia sido aprovado previamente pelo FDA para pacientes com dMMR independente da histologia ou sítio primário tumoral, assim como já temos a aprovação dessa medicação em combinação com lenvatinibe independente do status de mismatch repair ou instabilidade de microssatélites, inclusive pela ANVISA aqui no Brasil, demonstrando importantes avanços no tratamento dessa doença. No grupo de pacientes com instabilidade de microssatélites (MSI-H) ou deficiência de mismatch repair (dMMR) o uso de imunoterapia agente único após progressão a tratamento quimioterápico prévio tem sido preferido ao invés da combinação de pembrolizumabe e lenvatinibe, dessa forma reduzindo toxicidade em relação a combinação e com aparente benefício semelhante”.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida

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