Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

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Lorlatinibe aprovado para o tratamento de primeira linha do câncer de pulmão ALK positivo nos EUA

O FDA (Food and Drug Administration) anunciou em 03 de março de 2021 a aprovação do inibidor de tirosina quinase de terceira geração lorlatinibe para o tratamento de primeira linha de pacientes portadores de câncer de pulmão de células não pequenas metastático com rearranjo do ALK. Previamente, lorlatinibe já possuía aprovação acelerada pela agência para o tratamento de segunda ou terceira linha desde 2018.

Os dados que embasaram a aprovação na primeira linha derivam do estudo de fase III CROWN, que randomizou 296 pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas ALK positivo para receberem tratamento com lorlatinibe ou crizotinibe em uma razão 1:1. Destaca-se que cerca de um quarto dos pacientes em ambos os braços apresentava metástases cerebrais ao momento da inclusão no estudo.

Como objetivo primário, o estudo CROWN avaliou a sobrevida livre de progressão, cuja mediana foi 9,3 meses com crizotinibe e não foi atingida no braço lorlatinibe (HR=0,28; IC de 95%: 0,19-0,41; p<0,001). A taxa de resposta foi superior no braço lorlatinibe (76% versus 58%), bem como a taxa de resposta intracraniana (66% versus 20%) e a taxa de resposta completa intracraniana (61% versus 15%). Na avaliação de segurança, a taxa de eventos adversos de graus ≥ 3 foi 72% e 55% nos braços lorlatinibe e crizotinibe, respectivamente. Os principais eventos adversos apresentados em maior frequência naqueles que receberam lorlatinibe foram hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, ganho ponderal, neuropatia periférica, alterações cognitivas, anemia, hipertensão arterial, alterações de humor e hiperlipidemia. Em relação às alterações cognitivas e de humor, os eventos foram majoritariamente de grau 1 e apresentaram reversão com a interrupção do medicamento.

Na opinião do Dr. William William, oncologista e diretor médico da Oncologia Clínica e Hematologia do Centro Oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, “com essa aprovação, as nossas opções de tratamento de primeira linha para pacientes ALK positivos continuam a se expandir, incluindo o uso de drogas com alta penetração no sistema nervoso central, levando a controle prolongado de metástases cerebrais, que é um evento frequente nessa população”.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida

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