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FDA aprova trastuzumabe deruxtecana para o câncer de mama HER-2 low ou HER-2 ultralow metastático
Segundo press release divulgado pela farmacêutica AstraZeneca® em 27 de janeiro de 2025, o FDA (Food and Drug Administration) aprovou o uso de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) para pacientes com câncer de mama HER-2 low ou HER-2 ultralow, irressecável ou metastático, que já tenham recebido ao menos uma linha de terapia endócrina no contexto de doença metastática.
A aprovação anunciada baseou-se nos resultados do estudo de fase III DESTINY-Breast06, que comparou o uso de T-DXd à quimioterapia de escolha do investigador (capecitabina, nab-paclitaxel ou paclitaxel) em pacientes com câncer de mama avançado ou metastático, receptor hormonal positivo (RH positivo).
No grupo HER-2 low, o estudo demonstrou uma mediana de sobrevida livre de progressão de 13,2 meses no braço T-DXd versus 8,1 meses no braço de quimioterapia (HR=0,62; IC de 95%: 0,51-0,74; p < 0,0001). Na população por intenção de tratamento, a sobrevida livre de progressão foi igualmente superior no braço T-DXd (13,2 versus 8,1 meses; HR=0,63; IC de 95%: 0,53-0,75; p < 0,0001).
Para pacientes com doença HER-2 ultralow, a sobrevida livre de progressão mediana também favoreceu T-DXd (13,2 versus 8,3 meses; HR=0,78; IC de 95%: 0,50-1,21). A taxa de resposta objetiva também foi significativamente maior no braço T-DXd em comparação com a quimioterapia no grupo HER-2 low (56,5% versus 32,2%) na população ITT (57,3% versus 31,2%) e no grupo HER-2 ultralow (61,8% versus 26,3%).
Dados atualizados apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium 2024 mostraram que T-DXd também teve impacto positivo na sobrevida livre de progressão em subgrupos de pacientes classificados pelo tempo de progressão sob terapia endócrina de primeira linha: menos de 6 meses (HR=0,38; IC de 95%: 0,25-0,59), entre 6 e 12 meses (HR=0,69; IC de 95%: 0,43-1,12) e mais de 12 meses (HR=0,67; IC de 95%: 0,51-0,88). Da mesma maneira, a eficácia foi observada tanto em pacientes com resistência endócrina primária (HR=0,57; IC de 95%: 0,42-0,77) quanto em pacientes com resistência endócrina secundária (HR=0,68; IC de 95%: 0,55-0,84). Eventos adversos relacionados ao tratamento de qualquer grau ocorreram em 98,8% dos pacientes tratados com T-DXd, com 40,6% apresentando eventos de graus ≥ 3, comparado a 95,2% e 31,4% no braço de quimioterapia, respectivamente. Pneumonite foi o principal motivo de descontinuação no grupo T-DXd (5,3%), enquanto neuropatia sensorial periférica liderou no grupo quimioterapia (1,4%).
Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida
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