Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Carcinomas Uterinos

Consultas públicas abertas para avaliação da incorporação de novos regimes terapêuticos no Rol da ANS

Atualmente encontram-se abertas duas consultas públicas avaliando a incorporação de diferentes regimes terapêuticos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A primeira delas avalia a incorporação da combinação de encorafenibe e binimetinibe para o tratamento de pacientes com melanoma irressecável ou metastático com mutação de BRAF do tipo V600. Essa combinação de drogas foi avaliada no estudo Columbus, que comparou encorafenibe e binimetinibe versus encorafenibe versus vemurafenibe em melanoma metastático na primeira linha ou após falha de imunoterapia. A combinação de encorafenibe e binimetinibe foi superior a vemurafenibe em termos de sobrevida livre de progressão mediana (14,9 versus 7,3 meses; HR=0,54; IC de 95%: 0,51-0,71; p<0,0001), sobrevida global mediana (33,6 versus 16,9 meses; HR=0,64; IC de 95%: 0,5-0,81) e taxa de resposta (64 versus 40%). Após seguimento de 5 anos, a sobrevida global dos grupos de encorafenibe e binimetinibe isolado foi de 35 versus 21% do grupo do vemurafenibe.

A segunda consulta aberta avalia a combinação de lenvatinibe com pembrolizumabe para o tratamento de pacientes com câncer de endométrio avançado, que manifestaram progressão da doença após terapia sistêmica à base de platina, apresentando proficiência do mismatch repair (pMMR), e que não sejam candidatas à cirurgia curativa ou radioterapia. O regime combinado foi avaliado no Estudo 309/KEYNOTE-775 em comparação a tratamento quimioterápico à escolha do investigador (doxorrubicina ou paclitaxel). O tratamento com a combinação de lenvatinibe e pembrolizumabe reduziu em 38% o risco de morte (HR=0,62; IC de 95%: 0,51-0,75; p<0,0001) quando comparado à quimioterapia, com medianas de 18,3 versus 11,4 meses. Adicionalmente, o tratamento combinado também promoveu benefícios em sobrevida livre de progressão (HR=0,56; IC de 95%: 0,47-0,66; p<0,0001), taxa de resposta (32% versus 15%; p<0,0001) e duração de resposta (14,4 versus 5,7 meses).

A recomendação preliminar da ANS foi “favorável à incorporação” em ambas as análises e a contribuição individual pode ser feita clicando neste link.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida

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