Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

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Anticorpo biespecífico amivantamabe é aprovado pelo FDA para o tratamento do câncer de pulmão avançado com mutação do EGFR no éxon 20

O FDA (Food and Drug Administration) concedeu aprovação acelerada em 21 de maio de 2021 ao anticorpo biespecífico amivantamabe para o tratamento de pacientes portadores de câncer de pulmão de células não pequenas com mutação do EGFR do tipo inserção no éxon 20 após exposição prévia a um regime quimioterápico baseado em platina.

O Dr. William William, oncologista e diretor médico da Oncologia Clínica e Hematologia do Centro Oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, destaca que “esta é a primeira aprovação de terapia-alvo para câncer de pulmão de células não pequenas com mutações de EGFR em éxon 20 e representa um grande avanço no manejo destes pacientes, até então sem opções terapêuticas eficazes”.

A aprovação foi baseada nos dados do estudo de fase I CHRYSALIS, que avaliou o tratamento com amivantamabe em 81 pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com inserção no éxon 20 do EGFR previamente tratados com uma linha de quimioterapia com dupla de platina. Dentre a população incluída, 46% haviam recebido imunoterapia previamente e 22% possuíam metástases tratadas no sistema nervoso central. A taxa de resposta avaliada pelo comitê revisor independente, objetivo principal do estudo, foi de 40%, com 3,7% de respostas completas e duração mediana de resposta de 11,1 meses.

Os eventos adversos mais frequentes com o tratamento foram rash, reações infusionais, paroníquia, dor musculoesquelética, dispneia, náuseas, fadiga, edema, estomatite, tosse, constipação e vômitos.

A avaliação do perfil molecular com painéis amplos, que incluam todas as possíveis alterações tratáveis, torna-se cada vez mais importante no câncer de pulmão, exigindo conhecimento detalhado pelos oncologistas clínicos à frente destes casos desafiadores”, complementa o Dr. William William.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida

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