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Pirtobrutinibe recebe aprovação acelerada do FDA para o tratamento da leucemia linfocítica crônica e do linfoma linfocítico de pequenas células
O FDA (Food and Drug Administration) concedeu em 1º de dezembro de 2023 a aprovação acelerada para o uso de pirtobrutinibe no tratamento de pacientes adultos com leucemia linfocítica crônica (LLC) ou linfoma linfocítico de pequenas células (LLPC) que já receberam pelo menos duas linhas de terapia anteriores, incluindo um inibidor de BTK e um inibidor de BCL-2.
A eficácia foi avaliada no estudo BRUIN, de braço único e multicoortes, que incluiu 108 pacientes com LLC ou LLPC previamente tratados com pelo menos duas linhas anteriores de terapia. Pirtobrutinibe foi administrado por via oral a uma dose de 200 mg uma vez ao dia e mantido até progressão da doença ou toxicidade limitante. A população estudada tinha idade mediana de 68 anos, com predominância masculina (69%), 48% apresentavam doença em estágio Rai III ou IV, 42% tinham mutação BTK C481, 54% apresentavam deleção 17p e/ou mutação TP53, 93% tinham IGHV não mutado e 22% tinham deleção 11q. Quanto aos tratamentos anteriores, a mediana de terapias prévias foi 5, sendo os inibidores de BTK mais comuns o ibrutinibe (97%), acalabrutinibe (9%) e zanubrutinibe (0,9%).
A taxa de resposta avaliada pelo comitê revisor independente, usando os critérios iwCLL de 2018, foi de 72% (todas respostas parciais), e a duração mediana do benefício foi de 12,2 meses. Na avaliação de segurança, os eventos adversos mais comuns (≥ 20%), excluindo-se alterações laboratoriais, foram: fadiga, equimoses, tosse, dor musculoesquelética, COVID-19, diarreia, pneumonia, dor abdominal, dispneia, hemorragia, edema, náuseas, febre e cefaleia. Infecções graves ocorreram em 32% dos pacientes, incluindo infecções fatais em 10%.
Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida