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Pembrolizumabe recebe da ANVISA nova aprovação para o tratamento do câncer de endométrio
Em 16 de setembro de 2024, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso de pembrolizumabe em combinação com carboplatina e paclitaxel, seguido por pembrolizumabe, em pacientes adultos com carcinoma endometrial avançado ou recidivado.
O tratamento combinado aprovado é embasado nos dados do estudo de fase III KEYNOTE-868/NRG-GY018, que incluiu 810 pacientes e foi dividido em duas coortes com base no status de mismatch repair (MMR).
As pacientes foram randomizadas (1:1) para: pembrolizumabe, paclitaxel e carboplatina por 6 ciclos, seguido por pembrolizumabe por até 14 ciclos; ou placebo, paclitaxel e carboplatina por 6 ciclos, seguido por placebo por até 14 ciclos. Dentre a população com deficiência para MMR (dMMR), a idade mediana foi 66 anos, 55% tinham ≥ 65 anos, 61% tinham doença recidivada e 39% tinham doença primária ou persistente; 5% receberam quimioterapia adjuvante prévia e 43% receberam radioterapia prévia. Os subtipos histológicos foram: carcinoma endometrioide (81%), adenocarcinoma (11%), carcinoma seroso (2%) e outros (6%). Já na população proficiente para MMR (pMMR), a idade mediana foi 66 anos, 54% tinham ≥ 65 anos, 56% tinham doença recidivada, 44% tinham doença primária ou persistente, 26% receberam quimioterapia adjuvante prévia e 41% receberam radioterapia prévia. Os subtipos histológicos foram: carcinoma endometrioide (52%), carcinoma seroso (26%), adenocarcinoma (10%), carcinoma de células claras (7%) e outros (5%).
No grupo dMMR, a sobrevida livre de progressão mediana não foi atingida no braço que recebeu pembrolizumabe em comparação com 8,3 meses no grupo placebo (HR= 0,34; IC de 95%: 0,22-0,53; p<0,0001). No grupo pMMR, a sobrevida livre de progressão mediana foi de 13,1 meses no grupo pembrolizumabe, em comparação com 8,7 meses no grupo placebo (HR=0,57; IC de 95%: 0,44-0,74; p<0,0001). Os dados de sobrevida global ainda são demasiadamente imaturos nesta análise. A análise de segurança demonstrou resultados semelhantes aqueles no emprego de pembrolizumabe em diferentes indicações terapêuticas. A taxa de eventos adversos de graus ≥ 3 foi de 63,3% para pembrolizumabe e 47,2% para placebo na coorte dMMR e 55,1% versus 45,3% nos mesmos braços, respectivamente, na coorte pMMR.
Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida
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