Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

ASCO 2014

[ASCO 2014] Destaque de Câncer Ginecológico

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Fase II – Randomizado comparou a eficácia da combinação entre olaparibe e cediranibe

Combinação dos agentes de terapia oral, olaparibe e cediranibe, resultou em uma quase duplicação da sobrevida livre de progressão (SLP) mediana em mulheres com câncer de ovário recorrente em estudo de fase II.

O objetivo primário do estudo era a SLP mediana, que foi de 17,7 meses entre os pacientes tratados com a combinação em comparação com 9 meses para olaparibe sozinho.

Olaparibe é um inibidor da Poli ADP ribose polimerase (PARP), uma enzima ativa na reparação de danos no DNA, que se mostrou promissora, particularmente, em tumores que abrigam mutações nos genes BRCA, cujas proteínas desempenham também um papel no reparo do DNA.

O estudo recrutou 90 mulheres com câncer de ovário recorrente sensível à platina, tuba uterina, ou câncer peritoneal primário, cuja doença tinha retornado pelo menos 6 meses após o último tratamento de quimioterapia com platina. O critério especificado foi de subtipo histológico seroso ou endometrioide de alto grau, embora outros subtipos de alto grau foram autorizados se houvesse uma mutação BRCA conhecida.

Os participantes foram randomizados 1:1 para receber ou olaparibe, 200 mg, 2x/dia, mais cediranibe, 30 mg/dia, ou olaparibe sozinho,400 mg, 2x/dia. Foi alcançado um HR=0,42 (IC de 95%: 0,23-0,76; p=0,005).

Ao todo, 48 pacientes eram conhecidas portadoras da mutação BRCA, incluindo 23 no braço de combinação e 25 no grupo sozinho de olaparibe. Para aquelas com a mutação, a SLP mediana foi de 19,4 meses no braço da combinação versus 16,5 meses no braço sozinho de olaparibe (HR=0,55; p=0,16). A combinação parece ser um pouco mais ativa entre as pacientes que carregam uma mutação de BRCA.

Para aquelas sem uma mutação de BRCA ou cujo estado era desconhecido, SLP mediana foi de 16,5 meses, com a terapia de combinação versus 5,7 meses com olaparibe sozinho (HR=0,32; p=0,008). A atividade entre os pacientes sem mutação conhecida foi um pouco inesperada, mas que precisa ser confirmada com uma análise mais aprofundada.

Em termos de toxicidade, a combinação resultou em um aumento significativo de eventos adversos (EAs) grau 3 e 4, com uma taxa de 70% no grupo de terapia dupla em comparação com 7% para olaparibe sozinho, de acordo para o abstract e tais eventos incluíram, respectivamente, fadiga (27 versus 7%), diarreia (23 versus 0%) e hipertensão arterial (39 versus 0%).

Referências:
Joyce Liu, William Thomas Barry, Michael J. Birrer, et al. A randomized phase 2 trial comparing efficacy of the combination of the PARP inhibitor olaparib and the antiangiogenic cediranib against olaparib alone in recurrent platinum-sensitive ovarian cancer. J Clin Oncol 32 (suppl):abstr LBA5500, 2014.

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