Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Gastrintestinal

ASCO GI – NSABP R-04

ASCO GI – Neoadjuvância para Câncer de Reto

O NSABP R-04 um estudo de fase IV envolveu 1.608 pacientes com câncer de reto
randomizou os pacientes em quatro grupos:

O 5-FU foi administrado a 225 mg/m² diariamente e a capecitabina foi administrada a 825 mg/m² duas vezes por dia. A oxaliplatina foi administrada por via intravenosa a 50 mg/m², uma vez por semana.

Os pacientes em todos os quatro grupos receberam radioterapia (RT) pré-operatória concomitante, que consistia em 4.500 cGy, dividido em 25 frações ao longo de 5 semanas, mais um boost de 540 cGy a 1.080 cGy em 3 a 6 frações diárias. Todos os pacientes receberam o tratamento neoadjuvante por 5 semanas e foram submetidos a cirurgia para remover o tumor cerca de um mês após o tratamento com quimioterapia mais RT.

Os dados de sobrevida livre de doença, sobrevida global e a resposta patológica completa foram semelhantes. A taxa de evento locorregional em 3 anos foi semelhante com capecitabina e 5-FU (11,2 versus 11,8%; p=0,98), assim como a taxa de recorrência locorregional em 3 anos (3,6 versus 3,8%; p=0,52).

A desvantagem para o uso de capecitabina seria o custo quando comparado ao 5-FU. No entanto, importante lembrar que existem despesas adicionais com o uso de 5-FU, por exemplo: os custos relacionados à bomba infusora.

A adição da oxaliplatina não forneceu qualquer benefício no controle locorregional. Quando adicionado a qualquer 5-FU ou capecitabina, oxaliplatina manteve as mesmas taxas de eventos e de recorrência locorregionais que os outros dois agentes isolados.

No entanto, a oxaliplatina aumentou a toxicidade geral do tratamento, principalmente diarreia grau 3/4 (p<0,0001).

Referência:
2014 Gastrointestinal Cancers Symposium (GICS): Abstract 390. Presented January 18, 2014.

Raphael Brandao Moreira
(Médico Residente de Oncologia Clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes – Beneficência Portuguesa de São Paulo)

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