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[ASCO 2014] Sábado (31/05) – Gastrintestinal
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Estudo de Fase IB: vemurafenibe em combinação com irinotecano e cetuximabe em pacientes com câncer de colón ou reto metastático e com mutação no BRAF
Esse estudo apresentado na ASCO 2014, pesquisadores do MD Anderson Cancer Center, encontraram em pacientes com câncer colorretal avançado uma excelente resposta a terapia de combinação das drogas vemurafenibe, cetuximabe e irinotecano. O estudo fase IB foram examinados a mutação BRAF V600, que está presente em 5 a 10 % dos pacientes com câncer de colorretal.
Pesquisas anteriores já tinha identificado esta mutação do BRAF como um alvo para terapia, mas as taxas de resposta com o uso de vemurafenibe eram muito pobres. Os dados in vitro em linhas celulares de câncer colorretal têm mostrado que o bloqueio de BRAF por vemurafenibe desencadeia a activação do EGFR e modelos pré-clínicos demonstraram que a inibição do EGFR combinada com resultados do vemurafenibe tinham atividade sinérgica, que poderia ser ainda maior com a adição do irinotecano.
No presente estudo, os pesquisadores combinaram doses crescentes de vemurafenibe, junto com cetuximabe e irinotecano, dois medicamentos anteriormente utilizados no tratamento de câncer colorretal metastático. Em 12 pacientes foram utilizados 2 doses, incluindo 7 na dose 1 (vemurafenibe, 480 mg, cetuximabe, 250 mg e irinotecano, 180 mg) e 5 em nível de dose 2 com vemurafenibe aumentada para 720 mg.
Radiografias foram avaliadas a cada quatro ciclos ao longo de um ciclo de 14 dias de tratamento. Os pacientes foram avaliados para eventos adversos com o mais comum, incluindo erupções cutâneas, diarreia e náuseas.
Respostas parciais ou doença estável foram vistas em todos os 8 pacientes com câncer colorretal submetidos a exames reestadiamento após o início de seu tratamento. A taxa de resposta para os 8 pacientes com câncer colorretal foi de 50%, enquanto que as taxas de resposta com o único agente vemurafenibe são menos de 10%.
Como conclusão temos que a combinação de vemurafenibe com irinotecano e cetuximabe parece bem tolerado em pacientes mCRC com mutação BRAF. Mesmo com uma dose baixa vemurafenibe, PRs foram vistos em 4 de 5 pts avaliados na primeira coorte. Pacientes adicionais continuarão a ser matriculados em doses mais elevadas de vemurafenibe.
Referência:
David S. Hong, Van Karlyle Morris, Siqing Fu, Michael J. Overman, et al. Phase 1B study of vemurafenib in combination with irinotecan and cetuximab in patients with BRAF-mutated advanced cancers and metastatic colorectal cancer. J Clin Oncol 32 (suppl):abstr 3516, 2014.
EQUIPE MOC NA ASCO