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Dica – Trombose e plaquetopenia associadas às vacinas COVID-19 AstraZeneca e Johnson&Johnson
Devido à seriedade e importância do assunto, chamamos o time de hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo para discutir sobre trombose e plaquetopenia associadas às vacinas COVID-19 AstraZeneca e Johnson&Johnson.
Com moderação do Dr. Antonio Carlos Buzaid, editor do MOC, e apresentação dos convidados André Larrubia, gerente executivo do Banco de Sangue da BP, e Dr. Antonio Brandão, hematologista referência em trombose e hemostasia do Grupo de Hematologia da BP, confira neste MOC-Dicas Especial, uma rica discussão sobre dados recentes publicados no New England Journal of Medicine relacionados a eventos de tromboses graves associadas às vacinas COVID-19 AstraZeneca e Johnson&Johnson, além de dicas sobre condutas de tratamento no caso de suspeita ou confirmação de tais eventos, que embora raros, apresentam uma taxa de óbito importante (30-40%).
De acordo os dados publicados, a população com maior acometimento é composta por mulheres jovens, com idade < 60 anos, apresentando plaquetopenia e trombose em sítio não usual, sendo os principais, seio venoso central, veias corticais e veia porta. Os eventos foram identificados após 1-2 semanas da vacinação e foram associados tanto à vacina da AstraZeneca quanto à vacina da Johnson&Johnson, ambas compostas por vetor viral (Adenovírus). Os casos têm sido chamados pelos autores de VITT (Vaccine-Induced Immune Thrombotic Thrombocytopenia), e a estimativa é de que ocorram 0,0004 a 0,0006% na vacina da AstraZeneca e 0,00008% na vacina da Johnson.
“O que se tem descrito é uma síndrome similar à forma autoimune da trombocitopenia induzida por heparina, com reação inflamatória e estímulo imunológico secundários à vacina, proporcionando uma interação extremamente imunogênica entre a vacina e o PF4. Isso leva a um aumento da adesão plaquetária, plaquetopenia e lesão endotelial, com exposição do fator tecidual e ativação de cascata de coagulação e trombose em sítio não usual. Esses casos compartilham também a presença de um complexo poliânico que independe da presença de heparina”, explica André Larrubia.
Assista à Dica e veja, ainda, uma discussão sobre questões importantes, como: Que componentes da vacina induzem resposta ao PF4? Qual o risco da revacinação?
Confira!
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