Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

ASCO 2019

ASCO 2019: Dra. Juliana Pimenta e Dra. Graziela Zibetti Dal Molin – Destaques em Câncer Ginecológico

Dra. Juliana Pimenta e Dra. Graziela Zibetti Dal Molin, autoras do MOC, discutem os trabalhos sobre tumores ginecológicos apresentados em sessão oral na ASCO 2019.

Os comentários começam com um importante estudo fase III que incluiu pacientes com carcinossarcoma persistente ou recorrente do útero ou ovário para receberem paclitaxel + carboplatina versus paclitaxel + ifosfamida. Com resultados demonstrando aumento em sobrevida livre de progressão no braço de paclitaxel + carboplatina, o estudo confirmou o que era esperado, colocando a combinação de paclitaxel e carboplatina como tratamento padrão na adjuvância dos pacientes com carcinossarcoma.

Estudos avaliando a imunoterapia para os tumores de endométrio com instabilidade de microsatélite avaliaram o uso de avelumabe e também de durvalumabe, demonstrando que de fato não há grandes benefícios como uso da imunoterapia para esses pacientes.

As doutoras destacam ainda o estudo randomizado GCIG-ENGOT-GINECO, que olhou para as pacientes idosas, com idade acima de 70 anos, comparando três esquemas de quimioterapia na primeira linha do câncer de ovário, carboplatina a cada 3 semanas versus carboplatina + paclitaxel semanal versus o clássico carboplatina + paclitaxel a cada 3 semanas. Os resultados do estudo demonstraram que carboplatina agente único é inferior tanto em termos de sobrevida livre de progressão quanto em sobrevida global, confirmando que a combinação de carboplatina + paclitaxel, seja semanal ou a cada 3 semanas, é mais eficaz mesmo nas pacientes mais frágeis .

Houve apresentações relevantes também com relação à expansão do uso de inibidores de PARP no cenário do câncer de ovário. O estudo NSGO-AVANOVA2/ENGOT-OV24, que avaliou a combinação de niraparibe e bevacizumabe versus niraparibe isolado no tratamento do câncer recorrente de ovário sensível à platina, demonstrou que a combinação teve melhor taxa de resposta e melhor tolerabilidade.

Outro estudo interessante envolvendo inibidores de PARP analisou o uso de olaparibe versus combinações de platina na população platino-sensível e olaparibe versus drogas únicas na população platino-resistente, demonstrando que o uso do inibidor de PARP em ambos os cenários é factível, com taxa de resposta e efeitos colaterais semelhantes.

O último assunto em destaque são trabalhos apresentados na sessão de pôsteres, com medicações que estão sendo estudadas para pacientes platino-resistentes, grupo geralmente excluído dos estudos. Alguns trabalhos demonstraram taxas de resposta interessantes (da ordem de 40%), o que gera expectativas.

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