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ASCO 2019: Dr. Felipe Moraes – Updates em Câncer de Rim e Câncer de Bexiga
Dr. Felipe Moraes, autor do MOC, fala sobre os destaques em câncer de rim e câncer bexiga desta ASCO.
O primeiro estudo comentado é KEYNOTE-426, trabalho de fase III, que avaliou a eficácia de pembrolizumabe + axitinibe versus sunitinibe como terapia de primeira linha para o carcinoma de rim metastático em pacientes com característica sarcomatoide. O estudo foi positivo para a combinação de pembrolizumabe + axitinibe, demonstrando taxa de resposta de 58% no grupo que recebeu pembrolizumabe + axitinibe versus 31% no grupo de sunitinibe, além de uma surpreendente taxa de resposta completa (12%). Certamente, os resultados do KEYNOTE-426 colocam pembrolizumabe + axitinibe como uma viável opção de tratamento.
O segundo estudo em destaque avaliou nivolumabe por 3 ciclos versus nivolumabe + ipilimumabe por 2 ciclos versus nivolumabe + bevacizumabe por 3 ciclos antes da metastasectomia ou citorredução, demonstrando benefícios interessantes em sobrevida global, com taxa de 86% no grupo de nivolumabe versus 73% no grupo da combinação nivolumabe + ipilimumabe e 83% no grupo nivolumabe + bevacizumabe. Resultados que merecem novas análises em estudo fase III.
Houve também apresentação de um estudo fase III, avaliando pazopanibe versus placebo no tratamento de manutenção do câncer de rim metastático. Infelizmente, o estudo foi negativo com dados de maior toxicidade, conforme esperado.
Com relação ao câncer de bexiga, Dr. Felipe Moraes fala sobre o ensaio fase III, duplo-cego CALGB 90601 (Alliance), que comparou gencitabina e cisplatina com bevacizumabe ou placebo em pacientes com carcinoma urotelial metastático. Os dados ainda merecem amadurecimento.
Houve ainda a atualização do estudo CARMENA, avaliando o benefício da citorredução em subgrupo com pacientes de risco intermediário. Dados que ainda deixaram debate em aberto.
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