Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Vídeo-MOC

VOLUME 13 ● NÚMERO 23

APROVAÇÃO DE PEMBROLIZUMABE ADJUVANTE EM PACIENTES COM MELANOMA ESTÁDIO II DE RISCO ALTO – ESTUDO KEYNOTE-716

Dados da população brasileira apontam que aproximadamente um quinto dos pacientes com melanoma diagnosticados no país se apresentam com doença em estádio II,1 o que pode ser traduzido como um risco estimado de recidiva de até 46%.2 Sem dúvidas, o manejo dessa doença em um grupo multidisciplinar se traduz em uma melhor estratificação de risco e melhor seleção terapêutica, uma vez que o status do linfonodo sentinela é apontado como um dos principais fatores prognósticos associados à sobrevida livre de recorrência no melanoma estádios IIB/IIC operados.3,4

A recente aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso de pembrolizumabe como tratamento adjuvante em pacientes com melanoma estádio II é baseada nos dados do estudo KEYNOTE-716, que randomizou 976 pacientes com melanoma cutâneo estádios IIB e IIC entre tratamento adjuvante com pembrolizumabe ou placebo administrados por 1 ano.5,6 Dados atualizados desse estudo foram apresentados no congresso anual da ASCO (American Society of Clinical Oncology) de 2022, demonstrando redução de 36% no risco de metástases a distância ou morte (HR=0,64; IC de 95%: 0,47-0,88; p=0,0029), além de benefício  em sobrevida livre de recidiva (HR=0,64; IC de 95%: 0,50-0,84) em favor do braço tratado com o imunoterápico.6 A segurança do tratamento foi consistente com o uso de pembrolizumabe em outros cenários, sem novos eventos adversos apresentados.

A Dra. Veridiana Pires de Camargo, oncologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, apresenta neste Vídeo-MOC os dados completos e atualizados do estudo KEYNOTE-716, que levou à aprovação de pembrolizumabe para o tratamento adjuvante do melanoma estádio II pela ANVISA. Ao final da apresentação, ocorre uma discussão sobre o manejo multidisciplinar dessa doença, com participação do Dr. Antonio C. Buzaid, editor do MOC, e o Dr. Eduardo Bertolli, cirurgião oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Apoio:

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Referências:

  1. de Melo AC, Wainstein AJA, Buzaid AC, Thuler LCS. Melanoma signature in Brazil: epidemiology, incidence, mortality, and trend lessons from a continental mixed population country in the past 15 years. Melanoma Res. 2018;28(6):629-636. doi:10.1097/CMR.0000000000000511
  2. Lee AY, Droppelmann N, Panageas KS, et al. Patterns and Timing of Initial Relapse in Pathologic Stage II Melanoma Patients. Ann Surg Oncol. 2017;24(4):939-946. doi:10.1245/S10434-016-5642-0
  3. Gershenwald JE, Scolyer RA, Hess KR, et al. Melanoma staging: Evidence-based changes in the American Joint Committee on Cancer eighth edition cancer staging manual. CA Cancer J Clin. 2017;67(6):472-492. doi:10.3322/CAAC.21409
  4. Fonseca IB, Lindote MVN, Monteiro MR, et al. Sentinel Node Status is the Most Important Prognostic Information for Clinical Stage IIB and IIC Melanoma Patients. Ann Surg Oncol. 2020;27(11):4133-4140. doi:10.1245/S10434-020-08959-9
  5. Luke JJ, Rutkowski P, Queirolo P, et al. Pembrolizumab versus placebo as adjuvant therapy in completely resected stage IIB or IIC melanoma (KEYNOTE-716): a randomised, double-blind, phase 3 trial. Lancet. 2022;399(10336):1718-1729. doi:10.1016/S0140-6736(22)00562-1
  6. Long G v., Luke JJ, Khattak M, et al. Distant metastasis-free survival with pembrolizumab versus placebo as adjuvant therapy in stage IIB or IIC melanoma: The phase 3 KEYNOTE-716 study. https://doi.org/101200/JCO20224017_supplLBA9500. 2022;40(17_suppl):LBA9500-LBA9500. doi:10.1200/JCO.2022.40.17_SUPPL.LBA9500

 

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