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Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Diversos

Cabozantinibe, uma nova opção no tratamento de primeira linha para o câncer renal avançado

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida.

 

No último dia 19 de dezembro de 2017, o FDA (Food and Drug Administration) aprovou o uso de cabozantinibe para primeira linha de tratamento em pacientes com câncer de rim metastático.

O uso de cabozantinibe no tratamento do câncer renal metastático já possuía aprovação pela agência regulatória norte-americana desde 2016, porém no cenário de pacientes que já haviam recebido tratamento prévio com até 2 inibidores de tirosina quinase do receptor de fator de crescimento do endotelial vascular (VEGFR) e haviam apresentado progressão ao tratamento, conforme dados do estudo de fase III METEOR.

A atual aprovação, em pacientes sem qualquer tratamento prévio, é baseada no estudo de fase II CABOSUN, que avaliou 157 pacientes com câncer de rim metastático de intermediário e alto risco sem tratamento prévio. Os pacientes foram randomizados para tratamento com cabozantinibe ou sunitinibe, e o trabalho atingiu seu objetivo primário com redução do risco de progressão de doença ou morte da ordem de 34% com o uso de cabozantinibe. A taxa de resposta também foi maior com o uso de cabozantinibe (33% vs 12%) e não houve prejuízo no que concerne aos efeitos adversos, inclusive com redução da toxicidade hematológica graus 3/4 no braço de tratamento de cabozantinibe (3% vs 22%).

Na primeira linha de tratamento, também está em processo regulatório a aprovação pelo FDA da combinação de imunoterápicos ipilimumabe e nivolumabe (estudo CheckMate 214), a qual possivelmente será também uma alternativa para esta população.

Apesar dos dados resultarem de estudo fase II, o ganho de sobrevida livre de progressão foi confirmado pelo comitê de revisão independente, conforme demonstrado durante atualização dos dados no congresso da sociedade europeia de oncologia (ESMO) em 2017. A análise de sobrevida global ainda é imatura, apesar de ser numericamente superior na atualização dos dados, e o estudo não tem poder estatístico para avaliar este desfecho pelo baixo número de pacientes. Portanto, a aprovação vem regulamentar o uso de uma terapia com benefício relevante comprovado sobre o tratamento padrão até o momento e com menores toxicidades, enquanto aguardamos dados mais robustos de sobrevida global” ressalta Dr. Fabio Schutz, oncologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

 

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