Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Linfomas

Zanubrutinibe recebe aprovação acelerada para o tratamento do linfoma da zona marginal nos EUA

O FDA (Food and Drug Administration) concedeu em 15 de setembro de 2021 aprovação acelerada ao inibidor de BTK zanubrutinibe para o tratamento de pacientes portadores de linfoma da zona marginal recidivado ou refratário após tratamento com um regime contendo um anticorpo anti-CD20.

A decisão foi tomada com base nos dados de taxa de resposta dos estudos MAGNOLIA e BGB-3111-AU-003. No estudo MAGNOLIA, 66 pacientes receberam tratamento com zanubrutinibe. A taxa de resposta avaliada através de tomografia computadorizada (TC) foi 56%, com 20% de respostas completas. Quando a avaliação foi realizada através de PET-CT, a taxa de resposta encontrada foi 67%, com respostas completas em 26% dos pacientes. A duração mediana de resposta não foi atingida, porém 85% dos pacientes que apresentaram resposta mantiveram o benefício por ≥ 12 meses. Já no estudo BGB-3111-AU-003, a taxa de resposta a zanubrutinibe analisada através de TC foi 80% dentre a população de 20 pacientes, com duração do benefício por ao menos 12 meses em 72% dos respondedores. Os eventos adversos mais comuns nos estudos foram neutropenia, infecção do trato respiratório superior, plaquetopenia, hemorragia, linfopenia, rash e dor musculoesquelética.

“O linfoma da zona marginal é um tipo mais raro de linfoma indolente que muitas vezes responde a tratamentos de primeira linha com remissões duradouras. Porém, podem se tornar refratários, cenário onde as opções de tratamento ficam mais limitadas. Estes dados com zanubrutinibe nessa população mais refratária demonstra altas taxas de resposta, que até o momento têm sido duradouras. Um seguimento mais longo será importante na definição da durabilidade dessas respostas, mas certamente estes dados iniciais já tornam zanubrutinibe uma importante opção no arsenal terapêutico destes pacientes com doença mais agressiva neste tipo específico de linfoma”, conforme ressalta a Dra. Danielle Leão C. Farias, hematologista e pesquisadora clínica da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida

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