Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

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Nova opção de combinação aprovada para o tratamento de primeira linha do câncer renal no Brasil

Em novembro de 2022, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou uma nova opção terapêutica para o tratamento de primeira linha de pacientes com carcinoma de células renais avançado. Trata-se da associação de pembrolizumabe e lenvatinibe.

Os dados que levaram à aprovação deste regime derivam do estudo de fase III KEYNOTE-581, que randomizou 1.069 pacientes a uma razão 1:1:1 entre tratamento de primeira linha com pembrolizumabe e lenvatinibe, everolimus e lenvatinibe ou sunitinibe. Dentre os pacientes avaliados, cerca de 42% possuíam idade ≥ 65 anos, houve predominância de risco intermediário pelos critérios do IMDC (55,8%, frente a 23,2% e 10,5% de riscos favorável e desfavorável, respectivamente), características sarcomatóide estavam presentes em 6,8% da população, 17,1% possuíam metástases hepáticas e três quartos (74,6%) haviam sido submetidos a nefrectomia previamente. O objetivo primário do estudo foi a avaliação da sobrevida livre de progressão, com sobrevida global, taxa de resposta e segurança dentre os objetivos secundários.

Nas comparações entre o braço experimental de pembrolizumabe e lenvatinibe com o controle de sunitinibe, a sobrevida livre de progressão foi de 23,9 versus 9,2 meses (HR=0,39; IC de 95%: 0,32-0,49; p<0,001). Na avaliação de sobrevida global, a taxa de sobrevida aos 24 meses foi de 79,2% e 70,4% para os braços da combinação e de sunitinibe, respectivamente. A taxa de resposta a pembrolizumabe e lenvatinibe foi de 71% versus 36,1% com sunitinibe, com duração mediana de resposta de 25,8 e 14,6 meses, respectivamente. Na avaliação de segurança, a taxa de eventos adversos de graus ≥ 3 com pembrolizumabe e lenvatinibe foi de 82,4%, destacando-se diarreia, hipertensão arterial, elevação de lipase e hipertrigliceridemia como as toxicidades mais frequentes nessa graduação. A descontinuação do tratamento em decorrência de eventos adversos ocorreu em 37,2% dos pacientes do braço experimental.

Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida

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