Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Cobertura de congressos

[ESMO 2015] O intervalo entre a excisão do melanoma primário e biópsia de linfonodo sentinela não afeta a sobrevida, independentemente do status do linfonodo sentinela (EORTC)

Apoio:

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Palestrante: C. Oude Ophuis (Holanda)

Abstract: 2BA

Em todo o mundo, a biópsia do linfonodo sentinela é o procedimento recomendado para melanoma estádio I/II. O objetivo deste estudo de coorte retrospectivo multicêntrico é determinar a sobrevida específica de melanoma de acordo com o intervalo de tempo entre a excisão do primário e a biópsia do linfonodo sentinela.

Foi realizado uma coorte de pacientes com linfonodo sentinela positivo de 9 centros do EORTC Melanoma Group e outra de pacientes linfonodo sentinela negativos de 4 centros da mesma instituição, diagnosticados entre 1993 e 2012. No total, 3.884 pacientes foram selecionados, 998 com linfonodo sentinela positivo e 2.886 com linfonodo sentinela negativo.

Os resultados encontrados foram:

  • Para os pacientes com linfonodos sentinelas negativos, a idade média era de 55 anos [Inter Quartil Range (IQR) de 43-66 anos], 1.540 pacientes (53%) eram do sexo feminino e 1.402 (49%) tumores primários foram localizados em extremidades.
  • Pacientes com linfonodo sentinela negativo apresentavam uma espessura mediana de Breslow de 1,7 mm (1,1-3,0mm) e 731 (25%) eram ulcerados. O acompanhamento médio foi de 43 meses (IQR=21-72meses).
  • Pacientes com linfonodos sentinelas positivos tinham uma espessura mediana de Breslow de 3,0 mm (IQR=1,9-4,8mm), 434 (44%) foram ulcerados, e intervalo de tempo médio foi de 46 dias (6,5 semanas; IQR=32-62 dias).
  • Os pacientes com linfonodos sentinelas negativos operados mais precocemente (< 6 semanas) eram mais velhos (p<0,001) e tinham tumores mais finos; espessura de Breslow mediana de 1,6 mm contra 1,8 mm para os operados mais tardiamente > 6 semanas (p=0,001).
  • A sobrevida específica de melanoma não foi significativamente diferente para qualquer intervalo de tempo de corte de 1 até 8 semanas, nem para pacientes com linfonodos sentinelas positivos nem para negativos.

Conclusão: O intervalo de tempo entre a excisão do melanoma primário até a biópsia do linfonodo sentinela não é um fator prognóstico para a sobrevida. Portanto, não há nenhuma razão científica para defender um limite de tempo estrito.

Equipe MOC na ESMO

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