Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

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[ESMO 2015] CheckMate 025: Um estudo randomizado, fase III de nivolumabe versus everolimo em carcinoma de células renais avançado

Apoio:

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Palestrante: P. Sharma (EUA)

Abstract: 3LBA

Os tratamentos atuais para câncer de células renais avançado ou metastático (MRCC) estão associados com sobrevida global (SG) limitada em doentes previamente tratados. O nivolumabe, um inibidor de PD-1, demonstrou SG animadora e segurança em um estudo de fase II em pacientes previamente tratados com MRCC [J Clin Oncol 33:1430, 2015]. Esse estudo de fase III comparou nivolumabe versus everolimo em MRCC após terapia anti-angiogênica prévia (NCT01668784).

Pacientes com MRCC, que tinham recebido de 1 a 2 terapias anti-angiogênicas e ≤ 3 terapias sistêmicas prévias foram distribuídos aleatoriamente (1:1) para nivolumabe, 3 mg/kg IV, a cada 2 semanas, ou everolimo, 10 mg por via oral, uma vez por dia, e tratados até progressão ou toxicidade inaceitável. O endpoint primário foi a SG e, os secundários, a taxa de resposta objetiva (TRO), a sobrevida livre de progressão (SLP), SG por expressão de PD-L1 e a incidência de eventos adversos.

Os resultados obtidos foram:

  • Os pacientes foram randomizados para nivolumabe (n=410) ou everolimo (n=411). O seguimento mínimo foi de 15 meses. Mediana (IC de 95%) SG foi de 25 meses (21,8 não estimável) para nivolumabe versus 19,6 meses (17,6-23,1) para everolimo (HR=0,73; IC de 98,5%: 0,57-0,93; p=0,0018).
  • Eventos adversos relacionados ao tratamento de qualquer grau ocorreram em 79% dos pacientes do grupo de nivolumabe e 88% do grupo de everolimo, sendo os mais comuns fadiga (33%), náusea (14%), e prurido (14%), com nivolumabe, e fadiga (34%), estomatite (30%) e anemia (24%) com everolimo.
  • Eventos adversos de grau 3 ou 4 ocorreram em 19% (nivolumabe) e 37% (everolimo) dos pacientes.

Conclusões: O endpoint primário foi alcançado, visto que os doentes tratados com nivolumabe viveram mais tempo do que aqueles tratados com everolimo, independentemente da expressão de PD-L1. Eventos adversos relacionados ao tratamento foram menos frequentes com nivolumabe em relação a everolimo. Esse é o primeiro estudo a demonstrar benefício de sobrevida com um inibidor checkpoint imunológico versus tratamento padrão atual em pacientes com MRCC avançado previamente tratados.

Equipe MOC na ESMO

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