Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

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[ESMO 2015] Cabozantinibe versus everolimo em pacientes com carcinoma de células renais avançado: resultados do estudo randomizado de fase III (METEOR)

Apoio:

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Palestrante: T. Choueiri (EUA)

Abstract: 4LBA

O cabozantinibe é um inibidor de tirosina quinase incluindo MET, VEGFRs e AXL. O objetivo do estudo METEOR foi avaliar a eficácia e segurança de cabozantinibe em comparação a everolimo em pacientes com carcinoma renal de células claras e progressão da doença após o tratamento com um ou mais inibidores da tirosina quinase VEGFR. Nesse estudo de fase III, 658 pacientes foram randomizados 1:1 para receber cabozantinibe (60 mg/dia) ou everolimo (10 mg/dia). Os pacientes tinham doença mensurável por RECIST 1,1; KPS ≥70%, e foram estratificados por critérios de prognóstico do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (MSKCC) e número de terapias prévias anti-VEGFR. O endpoint primário foi sobrevida livre de progressão (SLP). Os endpoints secundários foram a taxa de resposta objetiva (TRO) e sobrevida global (SG).

Os resultados encontrados foram:

  • Um total de 658 pacientes foi randomizado entre agosto 2013 e novembro de 2014.
  • O estudo cumpriu o objetivo primário. A SLP mediana estimada entre os primeiros 375 pacientes randomizados foi de 7,4 meses para aqueles que receberam cabozantinibe e 3,8 meses para os que receberam everolimo, HR=0,58 (IC de 95%: 0,45-0,75), p<0,001.
  • A TRG na população SLP foi de 21% com cabozantinibe em comparação com 5% com everolimo (p<0,001).
  • Na análise interina de SG (49% de fração de informações) entre todos os 658 pacientes, o hazard ratio foi de 0,67 (IC de 95%: 0,51-0,89), p=0,0050, em favor de cabozantinibe. Não satisfaz os critérios para a rejeição precoce da H0 (p≤0,0019). Medianas para SG ainda não podiam ser estimadas.
  • Os eventos adversos sérios mais comuns para os pacientes que receberam cabozantinibe foram dor abdominal (3%), derrame pleural (2,7%), diarreia (2,1%) e, para pacientes que receberam everolimo, foram anemia (3,7%), dispneia (3,7%), pneumonia (3,7%). A descontinuação do tratamento por eventos adversos ocorreu em 9,1% para cabozantinibe e 10% para everolimo.

Conclusões: cabozantinibe demonstrou melhoria na SLP e na TRO em comparação a everolimo em pacientes pré-tratados com anti-VEGFR com carcinoma renal avançado de células claras. A tendência de melhor sobrevida para pacientes que receberam cabozantinibe foi observada na análise interina. A incidência de eventos adversos graves foi semelhante em ambos os braços.

Equipe MOC na ESMO

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